Brasil

Sérgio Cabral: momento é de salvar vidas e não de críticas

"A hora é de arregaçar as mangas" disse o governador, que prometeu fazer uma autocrítica quando a situação melhorar

Sérgio Cabral criticou a ocupação desordenada em regiões de risco (Wikimedia Commons)

Sérgio Cabral criticou a ocupação desordenada em regiões de risco (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 17h15.

Rio de Janeiro - O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, garantiu nesta sexta-feira que a prioridade neste momento é "arregaçar as mangas" para dar assistência às vítimas das chuvas que deixaram mais de 500 mortos na Região Serrana do Rio de Janeiro.

"A hora é de arregaçar as mangas e ajudar a essas famílias. É máquina, bombeiros trabalhando. Sempre tem a hora de fazer avaliação. Tem que se fazer uma autocrítica, por que se permitiu fazer tudo isso. Mas agora é resgatar corpos e ajudar famílias desabrigadas. Não vamos perder tempo nesse momento", disse Cabral, que nesta sexta-feira visitou as áreas mais castigadas pela tragédia.

Cabral supervisionou as dificuldades que as equipes de resgate estão enfrentando para chegar a muitas zonas devastadas pelas chuvas e denunciou que existe uma ocupação irregular em áreas de risco.

"A natureza não temos como evitar. Temos visto isso no mundo inteiro. Mas temos visto aqui e em outras regiões uma ocupação desordenada e irresponsável", concluiu.

O governador visitou os municípios de Teresópolis e Petrópolis, dois dos epicentros da catástrofe causada pelas fortes chuvas que esta semana castigam a Região Serrana do Rio.

Esses municípios, além de Nova Friburgo, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, continuam sendo palco de intensos trabalhos de resgate.

Cerca de mil membros das equipes de resgate participam das tarefas de salvamento, que avançam com dificuldades nas áreas onde várias casas foram soterradas pelos deslizamentos de terras.

Segundo os últimos balanços divulgados pelos municípios mais afetados, as inundações e, principalmente, os deslizamentos de terra causaram 524 mortes.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDesastres naturaisEnchentesMetrópoles globaisPolíticaRio de Janeiro

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe