Ciro Gomes: "infelizmente, a bancada do PDT no Senado traiu a confiança e a orientação do partido e votou a favor desta criminosa emenda", afirmou o político (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 15h50.
Brasília - Pré-candidato a presidente da República em 2018 pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou nesta quarta-feira, 14, que a bancada de seu partido "traiu a confiança e orientação" da legenda ao votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos da União por 20 anos.
A matéria foi aprovada nesta terça-feira, 13, em segundo turno, pelo Senado Federal e seguiu para promulgação. A proposta foi aprovada por 53 votos a 16, com votos favoráveis de todos os três senadores do PDT: Lasier Martins (RS), Pastor Valadares (RO) e Telmário Mota (RR).
"Infelizmente, a bancada do PDT no Senado traiu a confiança e a orientação do partido e votou a favor desta criminosa emenda", afirmou Ciro, em nota, lembrando que o partido se posicionou publicamente contra a PEC do Teto.
Ele disse confiar que a executiva nacional do PDT delibere em breve "sobre como reagir a esta posição da bancada".
"A aprovação da PEC 55 pelo Senado revoga a constituição brasileira, joga nas costas do povo mais sofrido do Brasil a responsabilidade de arcar com a tragédia pela qual passa nossa economia e satisfaz unicamente os interesses daqueles que lucram com os abusivos juros brasileiros", acrescentou Ciro.
Na nota, o ex-ministro disse ainda que a PEC vai de encontro à história do PDT, baseada no "trabalhismo" de Getulio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, "que lutaram e contribuíram para a conquista de inúmeros benefícios aos trabalhadores brasileiros".