Senadores prometem subir o tom se Dilma extrapolar
Líderes da base governista se reuniram para definir estratégia para interrogar Dilma; aliados de Dilma se reúnem ainda hoje
Marcelo Ribeiro
Publicado em 28 de agosto de 2016 às 15h42.
Brasília – Característica incomum nos primeiros dias do julgamento final do impeachment , a calmaria prevalece nos corredores do Congresso neste domingo (28). O silêncio foi interrompido pelo encontro de líderes e senadores da base aliada ao governo interino de Michel Temer na liderança do PSDB .
Após reunião de quase duas horas para afinar estratégia para a inquirição da presidente afastada Dilma Rousseff (PT)nesta segunda-feira (29), líderes definiram que é preciso manter a calma para que a petista não saia “vitimizada” do julgamento final.
Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Álvaro Dias (PV-PR), José Agripino (DEM-RN), Waldemir Moka (PMDB-MS), José Medeiros (PSD-MT), José Anibal (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ana Amélia (PP-RS), Dalirio Beber (PSDB-SC), Paulo Bauer (PSDB-SC), Lasier Martins (PDT-RS) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) participaram da reunião. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbasshay (PSDB-BA), também estava presente.
De acordo com Agripino, ”até o exaltado Caiado se comprometeu a ficar mais controlado e disse que não cairá em provocações”.
Apesar disso, os líderes da base governista destacaram que serão “reativos” ao tom da petista. Ou seja, “se Dilma extrapolar”, eles vão acompanhar.“Vamos fazer perguntas técnicas, mas quem vai dar o tom do interrogatório é a presidente afastada”, disse Caiado antes da reunião.
No mesmo sentido, Moka também prometeu autocontrole na sessão que deve ser considerada o principal capítulo do julgamento final. É a primeira vez que Dilma comparece ao plenário na condição de ré.
“Eu também tenho o pavio curto. Mas já falei com o Caiado, vamos ter que ter paciência porque eles vêm aqui amanhã para fazer um show”, disse Moka.
Aécio destacou que o objetivo será fazer perguntas técnicas sobre os decretos e as chamadas “pedaladas” que embasam o pedido de impeachment.
“É natural que haja uma contextualização de como chegamos aqui, mas a orientação é de que vamos, sempre que possível, nos ater a questões técnicas, formais dos crimes cometidos, seja em relação aos decretos fraudulentos ou aos empréstimos também fraudulentos”, afirmou o tucano.
Em um momento de sua fala, Caiado, que teve embates com Lindbergh Farias (PT-RJ) nas duas primeiras sessões do julgamento, admitiu que eventuais provocações serão respondidas à altura.
“A cada ação corresponde exatamente uma reação. Na minha região tem uma frase que diz: 'O risco que corre o pau, corre o machado'”, disse o líder do DEM, arrancando risos da imprensa.
Mais tarde, aliados de Dilma se reunirão na casa da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). O objetivo do encontro é definir uma estratégia que possibilite “virar o jogo” na reta final do julgamento.
Brasília – Característica incomum nos primeiros dias do julgamento final do impeachment , a calmaria prevalece nos corredores do Congresso neste domingo (28). O silêncio foi interrompido pelo encontro de líderes e senadores da base aliada ao governo interino de Michel Temer na liderança do PSDB .
Após reunião de quase duas horas para afinar estratégia para a inquirição da presidente afastada Dilma Rousseff (PT)nesta segunda-feira (29), líderes definiram que é preciso manter a calma para que a petista não saia “vitimizada” do julgamento final.
Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Álvaro Dias (PV-PR), José Agripino (DEM-RN), Waldemir Moka (PMDB-MS), José Medeiros (PSD-MT), José Anibal (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ana Amélia (PP-RS), Dalirio Beber (PSDB-SC), Paulo Bauer (PSDB-SC), Lasier Martins (PDT-RS) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) participaram da reunião. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbasshay (PSDB-BA), também estava presente.
De acordo com Agripino, ”até o exaltado Caiado se comprometeu a ficar mais controlado e disse que não cairá em provocações”.
Apesar disso, os líderes da base governista destacaram que serão “reativos” ao tom da petista. Ou seja, “se Dilma extrapolar”, eles vão acompanhar.“Vamos fazer perguntas técnicas, mas quem vai dar o tom do interrogatório é a presidente afastada”, disse Caiado antes da reunião.
No mesmo sentido, Moka também prometeu autocontrole na sessão que deve ser considerada o principal capítulo do julgamento final. É a primeira vez que Dilma comparece ao plenário na condição de ré.
“Eu também tenho o pavio curto. Mas já falei com o Caiado, vamos ter que ter paciência porque eles vêm aqui amanhã para fazer um show”, disse Moka.
Aécio destacou que o objetivo será fazer perguntas técnicas sobre os decretos e as chamadas “pedaladas” que embasam o pedido de impeachment.
“É natural que haja uma contextualização de como chegamos aqui, mas a orientação é de que vamos, sempre que possível, nos ater a questões técnicas, formais dos crimes cometidos, seja em relação aos decretos fraudulentos ou aos empréstimos também fraudulentos”, afirmou o tucano.
Em um momento de sua fala, Caiado, que teve embates com Lindbergh Farias (PT-RJ) nas duas primeiras sessões do julgamento, admitiu que eventuais provocações serão respondidas à altura.
“A cada ação corresponde exatamente uma reação. Na minha região tem uma frase que diz: 'O risco que corre o pau, corre o machado'”, disse o líder do DEM, arrancando risos da imprensa.
Mais tarde, aliados de Dilma se reunirão na casa da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). O objetivo do encontro é definir uma estratégia que possibilite “virar o jogo” na reta final do julgamento.