Senadores falam sobre pedido de prisão de Renan em comissão
Após uma semana de silêncio, senadores trouxeram pela primeira vez para a Comissão Especial do Impeachment o tema do pedido de prisão do presidente do Senado
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2016 às 22h11.
Brasília - Após uma semana de silêncio, senadores trouxeram pela primeira vez para a Comissão Especial do Impeachment o tema do pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi feito pela Procuradoria-Geral da República.
De lados opostos, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), da base aliada de Temer, e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos principais porta-vozes da oposição, mencionaram o pedido de prisão de Renan para falar da conjuntura política e da crise institucional do País.
Sem cobrar maiores providências, cada um usou o fato para defender seus posicionamentos políticos próprios - embora opostos. Enquanto Cunha Lima acusou a oposição de atrapalhar a comissão para trazer de volta a presidente afastada Dilma Rousseff, Lindbergh argumentou que o Senado não teria "autoridade" para afastar a presidente.
"Nós estamos com uma presidente da República afastada, com o presidente da Câmara dos Deputados afastado, com o presidente do Congresso Nacional com um pedido de prisão, o País em uma crise sem precedentes. Fico me perguntando até que ponto vai o objetivo de alguns de tentar impedir o funcionamento desta comissão para que eventualmente a presidente Dilma Rousseff possa reassumir o seu mandato", disse Cunha Lima.
Lindbergh, por sua vez, mencionou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também teve um pedido de prisão assinado pela PGR. Com receio da Lava Jato, petistas evitaram qualquer confronto direto com o peemedebista durante a última semana. A oposição se calou, inclusive, sobre o arquivamento do processo de cassação do senador.
"Temos o presidente da Câmara afastado, com todas as acusações de corrupção, temos um presidente do Senado com um pedido de prisão e o presidente do PMDB, Romero Jucá, que discutia mudar o governo para paralisar as investigações da operação Lava Jato. E estão tentando afastar uma presidente por decretos que não aumentam um centavo. Não há autoridade do Senado para afastar a presidente Dilma", disse Lindbergh.
A PGR pediu a prisão preventiva de Renan e Jucá, além do uso de tornozeleira eletrônica para o ex-presidente José Sarney. A decisão veio à público na última segunda-feira, 6, mas causou pouco impacto no Senado. Os parlamentares evitaram criticar Renan e pediram que fosse esperada a decisão final da Suprema Corte. Como em uma semana comum, Renan conduziu as sessões plenárias com votações expressivas para a economia, além da indicação do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Brasília - Após uma semana de silêncio, senadores trouxeram pela primeira vez para a Comissão Especial do Impeachment o tema do pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi feito pela Procuradoria-Geral da República.
De lados opostos, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), da base aliada de Temer, e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos principais porta-vozes da oposição, mencionaram o pedido de prisão de Renan para falar da conjuntura política e da crise institucional do País.
Sem cobrar maiores providências, cada um usou o fato para defender seus posicionamentos políticos próprios - embora opostos. Enquanto Cunha Lima acusou a oposição de atrapalhar a comissão para trazer de volta a presidente afastada Dilma Rousseff, Lindbergh argumentou que o Senado não teria "autoridade" para afastar a presidente.
"Nós estamos com uma presidente da República afastada, com o presidente da Câmara dos Deputados afastado, com o presidente do Congresso Nacional com um pedido de prisão, o País em uma crise sem precedentes. Fico me perguntando até que ponto vai o objetivo de alguns de tentar impedir o funcionamento desta comissão para que eventualmente a presidente Dilma Rousseff possa reassumir o seu mandato", disse Cunha Lima.
Lindbergh, por sua vez, mencionou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também teve um pedido de prisão assinado pela PGR. Com receio da Lava Jato, petistas evitaram qualquer confronto direto com o peemedebista durante a última semana. A oposição se calou, inclusive, sobre o arquivamento do processo de cassação do senador.
"Temos o presidente da Câmara afastado, com todas as acusações de corrupção, temos um presidente do Senado com um pedido de prisão e o presidente do PMDB, Romero Jucá, que discutia mudar o governo para paralisar as investigações da operação Lava Jato. E estão tentando afastar uma presidente por decretos que não aumentam um centavo. Não há autoridade do Senado para afastar a presidente Dilma", disse Lindbergh.
A PGR pediu a prisão preventiva de Renan e Jucá, além do uso de tornozeleira eletrônica para o ex-presidente José Sarney. A decisão veio à público na última segunda-feira, 6, mas causou pouco impacto no Senado. Os parlamentares evitaram criticar Renan e pediram que fosse esperada a decisão final da Suprema Corte. Como em uma semana comum, Renan conduziu as sessões plenárias com votações expressivas para a economia, além da indicação do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.