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Senadores do PT conseguem tempo de fala para pronunciamento

Com a nova estratégia, os petistas não só aproveitam o tempo para fazer discurso, como também garantem a última palavra

Senado: com a nova estratégia, os petistas não só aproveitam o tempo para fazer discurso, como também garantem a última palavra (Divulgação / Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2016 às 21h02.

Brasília - Senadores do PT conseguem burlar norma do presidente do processo de impeachment , Ricardo Lewandowski, e usam o tempo de fala no depoimento de testemunhas para fazer pronunciamentos, sem interrogar o informante.

Com a nova estratégia, os petistas não só aproveitam o tempo para fazer discurso, como também garantem a última palavra, sem dar oportunidade de tréplica para o informante.

Depois que a testemunha de acusação Julio Marcelo de Oliveira foi declarada suspeita e passou a prestar depoimento apenas como informante, a base do PT considerou não fazer mais perguntas ao depoente e usar o tempo de fala apenas para pronunciamento.

Após as primeiras tentativas, Lewandowski repreendeu os senadores e proibiu a estratégia, determinando que eles fizessem questões objetivas. Uma nova estratégia foi adotada, aproveitando o sistema de réplica e tréplica.

Agora, os senadores petistas questionam o informante, que tem seu direito de resposta. No momento da réplica, os senadores usam o tempo para fazer um discurso e, ao final, declaram que não farão perguntas.

Não há impedimento para que não sejam feitos questionamentos no momento da réplica que, na verdade, é entendida como um direito de resposta do senador. O informante, por sua vez, perde o direito de fala.

A formatação foi usada pelas senadoras Regina Sousa (PT-PI) e Angela Portela (PT-RR), logo após a sessão ser retomada nessa noite. Ao declararem que não fariam perguntas, Lewandowski respondeu: "Sem perguntas, sem resposta. Passamos para o próximo senador."

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Com a nova estratégia, os petistas não só aproveitam o tempo para fazer discurso, como também garantem a última palavra, sem dar oportunidade de tréplica para o informante.

Depois que a testemunha de acusação Julio Marcelo de Oliveira foi declarada suspeita e passou a prestar depoimento apenas como informante, a base do PT considerou não fazer mais perguntas ao depoente e usar o tempo de fala apenas para pronunciamento.

Após as primeiras tentativas, Lewandowski repreendeu os senadores e proibiu a estratégia, determinando que eles fizessem questões objetivas. Uma nova estratégia foi adotada, aproveitando o sistema de réplica e tréplica.

Agora, os senadores petistas questionam o informante, que tem seu direito de resposta. No momento da réplica, os senadores usam o tempo para fazer um discurso e, ao final, declaram que não farão perguntas.

Não há impedimento para que não sejam feitos questionamentos no momento da réplica que, na verdade, é entendida como um direito de resposta do senador. O informante, por sua vez, perde o direito de fala.

A formatação foi usada pelas senadoras Regina Sousa (PT-PI) e Angela Portela (PT-RR), logo após a sessão ser retomada nessa noite. Ao declararem que não fariam perguntas, Lewandowski respondeu: "Sem perguntas, sem resposta. Passamos para o próximo senador."

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