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Senadores do PSDB, PP e PPS descartam impeachment por ora

Senadores do PSDB, do PP e do PPS descartaram, ao menos por ora, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma

Presidente Dilma Rousseff: não há ambiente para se lançar um processo desse tipo no momento, segundo senadores (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 23h32.

Brasília - Em discursos no plenário na tarde desta segunda-feira, 23, senadores do PSDB , do PP e do PPS descartaram, ao menos por ora, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em razão do escândalo de corrupção que envolve a Petrobras .

Nos pronunciamentos, todos reconheceram as dificuldades enfrentadas por Dilma, mas avaliam que não há ambiente para se lançar um processo desse tipo no momento.

Em pronunciamento da tribuna, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que não há condições políticas para a abertura do processo de impedimento e destacou que não acha "desejado" fazê-lo.

Ele afirmou que as pessoas que defendem o impeachment querem dizer que não aguentam "mais ver o governo que não governa".

"É um descontentamento muito grande", observou Ferreira, ao dizer que, embora não defenda a abertura do processo, estará presente na marcha, que acontecerá em várias cidades, prevista para o dia 15 de março, em favor do impeachment. "Nós não queremos a interrupção catastrófica deste governo", frisou o senador, que foi vice do candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

Para o tucano, não se pode desconhecer o "vigor da oposição popular" e a presidente, com apenas dois meses de novo mandato, comanda um governo com sinais de "esgotamento".

Após Dilma ter dito na sexta-feira passada que a corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada no governo FHC, Aloysio disse que a presidente não vai intimidar a oposição e a criticou, dizendo que ela parece ainda estar na campanha por chamar a oposição para a briga. "Vamos continuar a nossa oposição absolutamente intransigente", declarou.

Em aparte ao senador do PSDB, a senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que, embora tenha fundamento, "não é o caso" de pedir o impeachment de Dilma.

A parlamentar - que, embora seu partido tenha se coligado à Dilma em outubro, apoiou Aécio - defendeu punições a todos os envolvidos com o esquema de corrupção da Petrobras, inclusive de integrantes do PP. "Tem coisa no meu partido, tem, então a mesma régua que tem de ser usada contra os outros, tem que usar contra o meu partido", frisou.

O senador José Medeiros (PPS-MT), suplente que assumiu o mandato de Pedro Taques (PDT), eleito governador do Estado, também se posicionou contra um pedido de impedimento. "Não vejo as digitais da Dilma", disse. Contudo, criticou a fala da presidente que tenta envolver o governo FHC no escândalo da Petrobras. Segundo ele, "jogar para o passado não é o melhor, não era o que se esperava".

Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), queda de popularidade não é motivo para impeachment. Mas ele defendeu que o governo trate a sociedade e a oposição "com o mínimo de respeito". O partido deve votar contra as medidas provisórias que alteram benefícios previdenciários e trabalhistas.

"O governo está doente, mas ela chama o contribuinte para tomar o remédio da doença que o governo provocou", disse.

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Brasília - Em discursos no plenário na tarde desta segunda-feira, 23, senadores do PSDB , do PP e do PPS descartaram, ao menos por ora, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em razão do escândalo de corrupção que envolve a Petrobras .

Nos pronunciamentos, todos reconheceram as dificuldades enfrentadas por Dilma, mas avaliam que não há ambiente para se lançar um processo desse tipo no momento.

Em pronunciamento da tribuna, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que não há condições políticas para a abertura do processo de impedimento e destacou que não acha "desejado" fazê-lo.

Ele afirmou que as pessoas que defendem o impeachment querem dizer que não aguentam "mais ver o governo que não governa".

"É um descontentamento muito grande", observou Ferreira, ao dizer que, embora não defenda a abertura do processo, estará presente na marcha, que acontecerá em várias cidades, prevista para o dia 15 de março, em favor do impeachment. "Nós não queremos a interrupção catastrófica deste governo", frisou o senador, que foi vice do candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG).

Para o tucano, não se pode desconhecer o "vigor da oposição popular" e a presidente, com apenas dois meses de novo mandato, comanda um governo com sinais de "esgotamento".

Após Dilma ter dito na sexta-feira passada que a corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada no governo FHC, Aloysio disse que a presidente não vai intimidar a oposição e a criticou, dizendo que ela parece ainda estar na campanha por chamar a oposição para a briga. "Vamos continuar a nossa oposição absolutamente intransigente", declarou.

Em aparte ao senador do PSDB, a senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que, embora tenha fundamento, "não é o caso" de pedir o impeachment de Dilma.

A parlamentar - que, embora seu partido tenha se coligado à Dilma em outubro, apoiou Aécio - defendeu punições a todos os envolvidos com o esquema de corrupção da Petrobras, inclusive de integrantes do PP. "Tem coisa no meu partido, tem, então a mesma régua que tem de ser usada contra os outros, tem que usar contra o meu partido", frisou.

O senador José Medeiros (PPS-MT), suplente que assumiu o mandato de Pedro Taques (PDT), eleito governador do Estado, também se posicionou contra um pedido de impedimento. "Não vejo as digitais da Dilma", disse. Contudo, criticou a fala da presidente que tenta envolver o governo FHC no escândalo da Petrobras. Segundo ele, "jogar para o passado não é o melhor, não era o que se esperava".

Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), queda de popularidade não é motivo para impeachment. Mas ele defendeu que o governo trate a sociedade e a oposição "com o mínimo de respeito". O partido deve votar contra as medidas provisórias que alteram benefícios previdenciários e trabalhistas.

"O governo está doente, mas ela chama o contribuinte para tomar o remédio da doença que o governo provocou", disse.

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