Brasil

Senadores da oposição veem oportunidade para sepultar reformas

Mais cedo, o relator da reforma trabalhista, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que a tramitação da proposta é considerada "secundária" no Senado

Vanessa Grazziotin: "Essas matérias acabaram, até os parlamentares do PSDB já têm consciência que elas se encerraram. Ou seja, o objetivo do golpe foi por água abaixo" (Vanessa Grazziotin/Facebook/Divulgação)

Vanessa Grazziotin: "Essas matérias acabaram, até os parlamentares do PSDB já têm consciência que elas se encerraram. Ou seja, o objetivo do golpe foi por água abaixo" (Vanessa Grazziotin/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 18h50.

Brasília - Com a crise política que se abateu sobre o governo do presidente Michel Temer, senadores da oposição consideram que as propostas de reforma trabalhista e da Previdência estão "superadas" e não terão mais continuidade na Casa.

"Essas matérias acabaram, até os parlamentares do PSDB já têm consciência que elas se encerraram. Ou seja, o objetivo do golpe foi por água abaixo", declarou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Mais cedo, o relator da reforma trabalhista, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que a tramitação da proposta é considerada "secundária" no Senado e que a tramitação está suspensa por tempo indeterminado.

Até ontem, o parlamentar previa que o texto seria aprovado em plenário até meados de junho.

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que já fez um apelo ao relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), para que ele que tenha "o mesmo gesto" de Ferraço.

O senador José Pimentel (PT-CE) avaliou que apenas a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar Aécio Neves (PSDB-MG) das funções no Senado já seria suficiente para "paralisar o trabalho do Congresso Nacional".

Mesmo parlamentares governistas, como José Medeiros (PSD-MT), afirmam que "não há clima para reformas" enquanto não vierem à tona todos os fatos relacionados à crise do governo.

"Essa variável, que a gente sabia que existia, realmente deixa o cenário muito complicado. Agora, é a gente manter a confiança e esperar que o Brasil possa sair logo dessa", disse Medeiros.

Acompanhe tudo sobre:Delação premiadaJBSJoesley BatistaMichel TemerReforma da PrevidênciaReforma trabalhista

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil