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Senador do PSDB critica prejuízo da Petrobras

Álvaro Dias também comentou denúncias de superfaturamento de obras na gestão do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli

Álvaro Dias, líder do PSDB: projetos de refinarias teriam superfaturamento, disse senador (José Cruz/ABr/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 23h32.

Brasília - O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) questionou a presidente da Petrobras , Graça Foster, sobre o prejuízo da empresa no trimestre passado e também sobre denúncias de superfaturamento de obras na gestão do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli. "Encaminhamos cerca de 16 representação ao Ministério Público indicando irregularidades nas gestão anterior, como aparelhamento partidário da máquina estatal e superfaturamento de obras", afirmou, durante audiência nas comissões de Serviços de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O senador citou como exemplo a refinaria Abreu e Lima, cujo custo teria subido de US$ 3 bilhões para US$ 20 bilhões. "O próprio presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que não estava contribuindo com recursos devido ao superfaturamento da obra", disse Dias. Outro exemplo, segundo o senador, é a refinaria Getúlio Vargas, em Araucária (PR), com superfaturamento de R$ 700 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), uma questão que deu origem a inquérito policial, disse o senador. "Como uma empresa como a Petrobras comete um erro de planejamento desse porte?", questionou.

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por outro lado, perguntou em que momento houve "a virada" em termos de aumento de produção e investimento em relação aos números do começo da década passada. E disse que o esclarecimento de Foster sobre o prejuízo da empresa foi importante para acabar com "teses" sobre o resultado negativo. Também defendeu a política de preços do governo para a gasolina. "Sabemos que vai ter uma reversão nessa política, não sei quando", afirmou.

Disse, no entanto, que foi importante manter esses preços estáveis no ano passado para não impactar a inflação e atrapalhar a política de redução das taxas de juros. A presidente da Petrobras só irá responder às perguntas após conclusão dos questionamentos por um primeiro grupo de senadores que ainda estavam falando na audiência durante a tarde desta terça-feira (11).

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