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Senador Davi Alcolumbre se diz "alternativa à velha política"

Senador reuniu apoio à candidatura ao comando do Senado oferecendo acesso ao Planalto. A eleição do Senado acontece neste sábado (2)

Davi Alcolumbre: O aval do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao seu nome deu credibilidade à sua promessa de portas abertas no governo (Agência Senado/Divulgação)

Davi Alcolumbre: O aval do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao seu nome deu credibilidade à sua promessa de portas abertas no governo (Agência Senado/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2019 às 09h42.

Brasília - Representante do baixo clero, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) reuniu apoio à candidatura ao comando do Senado oferecendo acesso ao Planalto e se colocando como alternativa à "velha política", representada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), quatro vezes presidente da Casa. O aval do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao seu nome deu credibilidade à sua promessa de portas abertas no governo e lhe garantiu apoio.

Mas o próprio Alcolumbre, dizem adversários, é adepto de práticas consideradas da "velha política". Como deputado, conseguiu aprovar em 2009 um projeto de lei para homenagear um tio - Alberto Alcolumbre - acrescentando o nome dele ao título do Aeroporto de Macapá.

Em 2013, ainda deputado, usou verba de gabinete para abastecer seus carros no posto de gasolina Salomão Alcolumbre e cia LTDA, do seu tio. O fato foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Na época, ele não comentou o assunto.

Alcolumbre ainda colocou como seu suplente no Senado um irmão. Josiel Alcolumbre fez campanha, nesta sexta-feira, 1.º, nas redes sociais contra Renan Calheiros e publicou fotos e textos como se seu irmão já tivesse vencido a disputa contra o alagoano.

Aos 41 anos, Alcolumbre é comerciário com formação incompleta em Ciências Econômicas. Na eleição de 2018, disputou o governo do Amapá. Ele perdeu a eleição para Waldez Góes (PDT). Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou patrimônio de R$ 770 mil. A eleição lhe rendeu uma acusação do Ministério Público Eleitoral por suspeita de pressionar servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá, em horário de expediente, a participarem dos atos de campanha de Alcolumbre e de sua vice, Silvana Vedovelli. Procurado pela reportagem, o senador não comentou.

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