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Senado pode votar PEC dos Precatórios nesta quinta-feira

Projeto é aposta do governo para abrir espaço no Orçamento do ano que vem e viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil

Plenário do Senado  (Adriano Machado/Reuters)

Plenário do Senado (Adriano Machado/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 06h00.

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O Senado deve votar nesta quinta-feira, 2, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, aposta do governo para abrir espaço no Orçamento do ano que vem e viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil. Para ser aprovado, o texto precisa de pelo menos 49 votos favoráveis no plenário, em dois turnos de votação. 

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Além de criar um limite para pagamento dos precatórios, que são dívidas da União, no ano que vem, a PEC propõe que a regra de correção do teto de gastos, que hoje considera o IPCA apurado entre julho de um ano e junho do ano seguinte, passe a considerar o período entre janeiro e dezembro. 

A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça-feira, 30, com alguns ajustes em relação ao que foi aprovado pela Câmara. O relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), propôs que sejam retirados do teto de gastos os pagamentos relativos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Com isso, será aberto um espaço de 10 bilhões para pagamento de precatórios alimentícios, segundo Bezerra. Serão priorizados os pagamentos de valores menores, de até 66.000 reais, os destinados a pessoas de 60 anos ou mais e os pagos a portadores de deficiência. 

Com o objetivo de tornar o Auxílio Brasil permanente, exigência de alguns senadores para a aprovação, Bezerra incluiu no texto que “a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza" deve ser objetivo da assistência social prestada a quem dela necessitar.

O projeto, entretanto, não aponta qual será a fonte de financiamento do programa assistencial nos próximos anos. O parecer diz que não é possível "desde logo definir suas fontes de financiamento a partir do exercício de 2023".

Outro ponto incluído no parecer prevê a criação de uma comissão mista no Congresso para analisar os pagamentos dos precatórios no prazo de um ano, com a cooperação do Conselho Nacional de Justiça e apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). 

Com a aprovação da PEC, o governo busca abrir espaço para o novo Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, de 400 reais até o fim de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro tentará a reeleição. A proposta libera uma folga no Orçamento de 106,1 bilhões de reais em 2022, segundo o Ministério da Economia. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o aumento no tamanho da dívida com precatórios é um "meteoro". Se a PEC não for aprovada, a União terá de pagar 89,1 bilhões de reais em precatórios em 2022, um aumento significativo em relação à dívida de 54,7 bilhões de reais em 2021.

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