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Senado convoca Cardozo para explicar conflitos de terras

Comissão do Senado aprovou convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para falar sobre conflitos de terras envolvendo índios e produtores rurais

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: convocação foi reação dos senadores ao fato de o ministro ter cancelado, por três vezes, ida à comissão (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: convocação foi reação dos senadores ao fato de o ministro ter cancelado, por três vezes, ida à comissão (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 10h00.

Brasília - A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou hoje (24) a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para falar sobre os conflitos de terras envolvendo índios e produtores rurais. A convocação, aprovada por unanimidade, foi uma reação dos senadores ao fato de o ministro ter cancelado, por três vezes, ida à comissão. Com a convocação, Cardozo será obrigado a comparecer à reunião que, de acordo com o regimento, deve ser marcada em até 30 dias.

Ontem (23), por maioria de votos, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a validade das 19 condicionantes, estabelecidas em 2009 no processo da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Na mesma decisão, a Corte também entendeu que as regras não podem ser aplicadas em outros processos de demarcação de terras indígenas.

A expectativa dos senadores é que Cardozo explique como o governo procederá nas demarcações de terras a partir da decisão dessa decisão do STF. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também deve participar da audiência, mas como convidado.

Na avaliação do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), deve valer para todo o país o argumento do STF para manter a reserva e determinar a saída de produtores de arroz da área: o de que, em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, aquelas terras eram ocupadas por indígenas, sendo posterior a chegada dos produtores de arroz. “O inverso também é verdadeiro. Em 1988, onde não tinha índio, as terras eram dos produtores que lá viviam”, defendeu.

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