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Sem-Teto entram na Sabesp para cobrar água e esgoto

Cerca de 100 pessoas do movimento entraram na Sabesp para reivindicar água e esgoto para o assentamento que ficou conhecido como Copa do Povo, em Itaquera


	Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em protesto: segurança chegou a apontar uma arma em direção ao grupo
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em protesto: segurança chegou a apontar uma arma em direção ao grupo (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 19h27.

São Paulo - Cerca de 100 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiram a sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, para reivindicar ligação de água e esgoto no assentamento que ficou conhecido como Copa do Povo, em Itaquera, zona leste paulistana.

Segundo funcionários da companhia, os militantes entraram por volta das 15h pela portaria da Rua Sumidouro e ocuparam o estacionamento da Sabesp. Um segurança chegou a apontar uma arma em direção ao grupo, mas não houve confronto. Seis integrantes do MTST teriam sido recebidos por funcionários da diretoria metropolitana da estatal, responsável pela operação de água e esgoto na Grande São Paulo.

"A reivindicação é de que a Sabesp assuma o compromisso que já havia feito de fazer uma extensão da linha de água e esgoto para ter aprovação do projeto", disse o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, que liderou a ocupação Copa do Povo em maio de 2014, para chamar a atenção para o problema da moradia popular aproveitando-se dos holofotes trazidos a Itaquera pela abertura Copa do Mundo, na Arena Corinthians.

Com 155 mil metros quadrados, o terreno abrigou 5 mil famílias que viveram quatro meses acampadas em barracas. Em agosto daquele ano, o grupo desocupou o local após a assinatura de um termo de compromisso entre o MTST, as três esferas de governo e a construtora Viver, dona da área, para construção de moradias populares para os ocupantes do local. A previsão era de que as primeiras das 3,5 mil unidades ficassem prontas neste ano.

Em janeiro deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que 1 ano e quatro meses após a desocupação, os integrantes do MTST ainda esperavam o início das obras. O Ministério das Cidades sequer tinha feito o projeto para a construção do empreendimento, que levará o nome Copa do Povo. À época, uma placa informava no local que seriam construídas 2.650 unidades habitacionais.

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