Sem-teto devem ficar em prédio na Sé por mais 12 dias
“Queremos que seja feito o cadastro de moradia dessas pessoas. Se conseguirmos isso, deixamos o prédio”, explicou coordenadora do movimento
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 14h31.
São Paulo - Após negociação, as 51 famílias que ocupam, há quatro meses, um prédio de dez andares na Praça da Sé conseguiram permanecer no local por mais 12 dias.
A Polícia Militar ( PM ) chegou ao local por volta das 6h para cumprir o mandado de reintegração de posse em favor da Ordem Terceira do Carmo, da Igreja Católica.
O acordo foi feito entre representantes do Movimento Sem Teto de São Paulo (MSTS) e da organização religiosa, proprietária do terreno.
“Queremos que seja feito o cadastro de moradia dessas pessoas. Se conseguirmos isso, deixamos o prédio”, explicou Elenice Alves, coordenadora do movimento. Os sem-teto interditaram a Rua Boa Vista por cerca de três horas para protestar contra a desocupação. “As pessoas que estão aqui vieram de todas as regiões da cidade. Temos, inclusive, imigrantes, que não conseguem pagar um lugar para morar”, declarou.
Além do prédio na Praça da Sé, o MSTS organiza sete ocupações em prédios do centro da cidade.
Segundo o movimento, no total, 965 famílias moram nos locais que estavam abandonados e foram tomados pelos sem-teto. A cozinheira aposentada Ilma Rocha, 69 anos, mora há oito anos em ocupações.
“A última foi na Mooca e até agora não tive nenhum benefício”, relatou. Ela conta que faz a opção de morar ali para poder ajudar a filha desempregada. “Tenho três netos. Se eu ficar aqui, posso ajudar mais eles”, destacou.
No prédio da Sé, ela divide um quarto com a amiga Maria Martins, 61 anos, que é cuidadora de idosos. “Trabalho só três dias por semana e fica apertado. Meus filhos não podem me ajudar”, disse.
Apesar da negociação que estendeu o prazo para a saída do grupo em 12 dias, elas dizem que gostariam de ficar. “Aqui é muito bom, no Centro. Eu queria ficar”, disse Ilma.
Procurada pela Agência Brasil, a Ordem Terceira do Carmo informou que o diretor da organização não estava disponível e ninguém estava autorizado a falar sobre o assunto. A posse do terreno e o pedido judicial de reintegração, entretanto, foram confirmados.
São Paulo - Após negociação, as 51 famílias que ocupam, há quatro meses, um prédio de dez andares na Praça da Sé conseguiram permanecer no local por mais 12 dias.
A Polícia Militar ( PM ) chegou ao local por volta das 6h para cumprir o mandado de reintegração de posse em favor da Ordem Terceira do Carmo, da Igreja Católica.
O acordo foi feito entre representantes do Movimento Sem Teto de São Paulo (MSTS) e da organização religiosa, proprietária do terreno.
“Queremos que seja feito o cadastro de moradia dessas pessoas. Se conseguirmos isso, deixamos o prédio”, explicou Elenice Alves, coordenadora do movimento. Os sem-teto interditaram a Rua Boa Vista por cerca de três horas para protestar contra a desocupação. “As pessoas que estão aqui vieram de todas as regiões da cidade. Temos, inclusive, imigrantes, que não conseguem pagar um lugar para morar”, declarou.
Além do prédio na Praça da Sé, o MSTS organiza sete ocupações em prédios do centro da cidade.
Segundo o movimento, no total, 965 famílias moram nos locais que estavam abandonados e foram tomados pelos sem-teto. A cozinheira aposentada Ilma Rocha, 69 anos, mora há oito anos em ocupações.
“A última foi na Mooca e até agora não tive nenhum benefício”, relatou. Ela conta que faz a opção de morar ali para poder ajudar a filha desempregada. “Tenho três netos. Se eu ficar aqui, posso ajudar mais eles”, destacou.
No prédio da Sé, ela divide um quarto com a amiga Maria Martins, 61 anos, que é cuidadora de idosos. “Trabalho só três dias por semana e fica apertado. Meus filhos não podem me ajudar”, disse.
Apesar da negociação que estendeu o prazo para a saída do grupo em 12 dias, elas dizem que gostariam de ficar. “Aqui é muito bom, no Centro. Eu queria ficar”, disse Ilma.
Procurada pela Agência Brasil, a Ordem Terceira do Carmo informou que o diretor da organização não estava disponível e ninguém estava autorizado a falar sobre o assunto. A posse do terreno e o pedido judicial de reintegração, entretanto, foram confirmados.