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Segurança reforçada para Copa e Olimpíadas no Brasil

Valdinho Jacinto Caetano, secretário do Ministério da Justiça, disse que a vigilância nos aeroportos e pontos fronteiriços terrestres "já está sendo reforçada"

O Brasil possui a terceira maior taxa de assassinatos da América do Sul, com 22,7 homicídios a cada 100 mil habitantes (AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 17h44.

Rio de Janeiro - Pequenos aviões não tripulados, lista negra de torcidas e reforços nas fronteiras: os organizadores da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, afirmam que a segurança dos grandes eventos que serão realizados no Brasil está garantida, em um país onde a violência ainda impera.

Alguns dos equipamentos que serão usados nos grandes torneios que o Brasil sediará nos próximos anos foram apresentados na feira "Latin America Aero and Defence LAAD", o maior evento de armamento da região.

Os grandes eventos brasileiros começam em junho com a cúpula do desenvolvimento sustentável da ONU, Rio+20, que reunirá chefes de Estado e de governo de todo o mundo, e se estendem em 2013 com a Copa das Confederações e a visita do Papa para a Jornada Mundial da Juventude.

"A segurança está preparada", disse Valdinho Jacinto Caetano, secretário extraordinário para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, durante a feira.

Segundo Caetano, a vigilância nos aeroportos e pontos fronteiriços terrestres "já está sendo reforçada".

O Brasil possui a terceira maior taxa de assassinatos da América do Sul, com 22,7 homicídios a cada 100 mil habitantes.

"Durante os grandes eventos que vamos ter no Brasil, enfrentamos ameaças que não são as que estamos acostumados, e temos que estar preparados", explicou Marcelo Miranda, da empresa fornecedora do robô antibombas, que citou esse aparelho como um exemplo que pode salvar vidas de policiais ao manipular pacotes suspeitos em aeroportos ou estádios.

O aparelho - de cores camufladas e tecnologia alemã - tem um braço mecânico com uma pinça, manipulada a distância pela polícia.

Em 790 dias será dado o pontapé inicial da Copa do Mundo que começa dia 12 de junho de 2014 em São Paulo e a preocupação da FIFA se concentra principalmente nos atrasos em infraestrutura das 12 cidades sedes e na aprovação da polêmica lei que permite vender álcool nos estádios.


O gerente de planejamento do Comitê Organizador Local (COL), Pedro Miranda, apresentou o "modelo de segurança" do Mundial de 2014, que mostra em linhas gerais as revistas e controles de acesso aos estádios e o trabalho combinado que as forças de segurança pública desempenharão com a vigilância privada.

"Este é o modelo de segurança, que está inspirado nos modelos das Copas anteriores, mas quando fizermos o plano de segurança, surgirão diferenças pois levaremos em conta as realidades do país, das cidades, dos estádios", disse à AFP.

O Brasil anunciou recentemente que elaborará uma lista de torcidas violentas da Argentina, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, África do Sul e Polônia para evitar sua entrada ao país durante a Copa.

Os grandes eventos brasileiros ocorrem em cidades rodeadas de gigantescos cinturões de miséria. Estima-se que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas, o que equivale a 6% da população.

No caso do Rio de Janeiro, um dos estados mais violentos do país e que sediará a conferência da ONU em junho, a visita do Papa, jogos de futebol e os Jogos Olímpicos de 2016, as autoridades estão desde 2008 em uma corrida contra o relógio para que a polícia garanta a ocupação das favelas controladas por narcotraficantes.

"Já tivemos uma grande experiência com os Jogos Panamericanos de 2007 (no Rio) quando vimos que a capacidade da segurança pública do Brasil era suficiente para enfrentar esse desafio", destacou Luis Fernando Correa, chefe de segurança do Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos.

O plano de segurança para 2016, contudo, ainda não foi apresentado. "Estamos em uma fase que se encerra de 30 a 45 dias para entregar, se não o definitivo, um rascunho (do esquema) para começar um processo de desenvolvimento", disse Correa.

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Rio de Janeiro - Pequenos aviões não tripulados, lista negra de torcidas e reforços nas fronteiras: os organizadores da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, afirmam que a segurança dos grandes eventos que serão realizados no Brasil está garantida, em um país onde a violência ainda impera.

Alguns dos equipamentos que serão usados nos grandes torneios que o Brasil sediará nos próximos anos foram apresentados na feira "Latin America Aero and Defence LAAD", o maior evento de armamento da região.

Os grandes eventos brasileiros começam em junho com a cúpula do desenvolvimento sustentável da ONU, Rio+20, que reunirá chefes de Estado e de governo de todo o mundo, e se estendem em 2013 com a Copa das Confederações e a visita do Papa para a Jornada Mundial da Juventude.

"A segurança está preparada", disse Valdinho Jacinto Caetano, secretário extraordinário para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, durante a feira.

Segundo Caetano, a vigilância nos aeroportos e pontos fronteiriços terrestres "já está sendo reforçada".

O Brasil possui a terceira maior taxa de assassinatos da América do Sul, com 22,7 homicídios a cada 100 mil habitantes.

"Durante os grandes eventos que vamos ter no Brasil, enfrentamos ameaças que não são as que estamos acostumados, e temos que estar preparados", explicou Marcelo Miranda, da empresa fornecedora do robô antibombas, que citou esse aparelho como um exemplo que pode salvar vidas de policiais ao manipular pacotes suspeitos em aeroportos ou estádios.

O aparelho - de cores camufladas e tecnologia alemã - tem um braço mecânico com uma pinça, manipulada a distância pela polícia.

Em 790 dias será dado o pontapé inicial da Copa do Mundo que começa dia 12 de junho de 2014 em São Paulo e a preocupação da FIFA se concentra principalmente nos atrasos em infraestrutura das 12 cidades sedes e na aprovação da polêmica lei que permite vender álcool nos estádios.


O gerente de planejamento do Comitê Organizador Local (COL), Pedro Miranda, apresentou o "modelo de segurança" do Mundial de 2014, que mostra em linhas gerais as revistas e controles de acesso aos estádios e o trabalho combinado que as forças de segurança pública desempenharão com a vigilância privada.

"Este é o modelo de segurança, que está inspirado nos modelos das Copas anteriores, mas quando fizermos o plano de segurança, surgirão diferenças pois levaremos em conta as realidades do país, das cidades, dos estádios", disse à AFP.

O Brasil anunciou recentemente que elaborará uma lista de torcidas violentas da Argentina, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, África do Sul e Polônia para evitar sua entrada ao país durante a Copa.

Os grandes eventos brasileiros ocorrem em cidades rodeadas de gigantescos cinturões de miséria. Estima-se que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas, o que equivale a 6% da população.

No caso do Rio de Janeiro, um dos estados mais violentos do país e que sediará a conferência da ONU em junho, a visita do Papa, jogos de futebol e os Jogos Olímpicos de 2016, as autoridades estão desde 2008 em uma corrida contra o relógio para que a polícia garanta a ocupação das favelas controladas por narcotraficantes.

"Já tivemos uma grande experiência com os Jogos Panamericanos de 2007 (no Rio) quando vimos que a capacidade da segurança pública do Brasil era suficiente para enfrentar esse desafio", destacou Luis Fernando Correa, chefe de segurança do Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos.

O plano de segurança para 2016, contudo, ainda não foi apresentado. "Estamos em uma fase que se encerra de 30 a 45 dias para entregar, se não o definitivo, um rascunho (do esquema) para começar um processo de desenvolvimento", disse Correa.

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