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Seca faz cidades do interior decretarem emergência

Além do desabastecimento, a seca tem prejudicado também setores como a agricultura e o turismo dessas cidades


	Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira
 (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 08h50.

Franca, SP - A estiagem recorde enfrentada pelo Sudeste do País tem feito cada vez mais cidades de São Paulo e de Minas Gerais adotarem o racionamento, para reduzir o consumo de água, ou decretarem estado de emergência. Além do desabastecimento, a seca tem prejudicado também setores como a agricultura e o turismo dessas cidades.

Em Minas Gerais, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado na quinta-feira, neste ano 129 municípios já decretaram estado de emergência por falta de água.

Em alguns até o abastecimento da população corre risco, enquanto que em outros é a economia que está à beira do colapso com prejuízos, sobretudo, para a agricultura.

Marmelópolis (MG) é uma das localidades castigadas pela falta de chuva. No município os 3 mil moradores -incluindo a metade que reside na área rural - ficam de torneiras secas das 11 até as 17 horas.

A prefeitura local culpa a baixa vazão das nascentes e já estuda furar poços artesianos em busca de água.

Em Luz (MG), cidade com pouco mais de 17 mil habitantes e que também decretou emergência, a falta de água foi sentida na agricultura, principalmente, nas lavouras de milho que alimenta o gado.

Elas não renderam o esperado e agora, com pouco alimento para os animais, eles produzem menos leite, fonte importante da economia local.

No Estado de São Paulo, o maior problema tem sido o racionamento, cada vez mais necessário para garantir o fornecimento nos próximos meses. Somente na região de Ribeirão Preto são mais de 20 municípios com problema de falta de água.

Em Santa Rita do Passa Quatro, o corte começou na quarta-feira e está deixando a cidade por mais de 10 horas diariamente sem água.

Na cidade não chove há um mês e a orientação para os moradores é no sentido de se evitar o desperdício ao máximo. Com a estiagem prolongada, as torneiras ficam secas das 13 às 16 horas e das 22 às 5h30 do dia seguinte.

A prefeitura informa que para fazer a represa que abastece o município voltar ao normal seriam necessários mil caminhões-pipa.

Corte

Em outras cidades, como Casa Branca, vão completar cem dias que a água vem sendo cortada das 6 às 20 horas. Já em Santa Cruz das Palmeiras a medida é tomada das 6 às 17 horas e começou a valer há um mês.

Em Tambaú a situação é ainda mais crítica e foi decretado estado de emergência no dia 27 de junho na expectativa de se conseguir ajuda do governo estadual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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