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"Se não houver entendimento, eu abrirei a votação", diz Eunício

O presidente do Senado retornou por volta das 18 horas ao plenário da Casa e deu um prazo para entendimento entre os parlamentares

Eunício Oliveira: "É a primeira vez que vejo isso na minha vida (a mesa diretora ocupada)" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de julho de 2017 às 18h51.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 18h58.

Brasília - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), retornou por volta das 18 horas ao plenário da Casa e usou um microfone sem fio para dizer que daria um período de 10 minutos para que haja entendimento entre os parlamentares para a retomada da sessão que votará a reforma trabalhista .

Segundo o presidente do Senado, se o entendimento não for alcançado nesse período, ele reabrirá a sessão e abrirá o painel para a votação da matéria no plenário.

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Durante sua fala, Eunício citou que daria 20 minutos inicialmente, mas o prazo foi seguido por reação negativa de senadores da base governista, que pediam votação imediata do tema, por isso, o presidente reduziu o prazo pela metade.

Quando Eunício iniciou sua fala, o painel do Senado registrava a presença de 59 parlamentares. Esse número já subiu para 61.

"É a primeira vez que vejo isso na minha vida (a mesa diretora ocupada). Fiz todas as tentativas para o entendimento e ultrapassei o regimento para ser democrático", disse o presidente do Senado ao comentar que permitiu o debate sobre a reforma no plenário na quarta e quinta-feira da semana passada.

"Eu não tenho partido nesta mesa diretora. Estou profundamente chocado com o que estou vendo", disse Eunício, que foi rebatido por parlamentares da oposição, que o acusaram de quebra de acordo.

Em resposta, o presidente do Senado acusou a oposição, em especial o senador Lindbergh Faria (PT-RJ), de ter quebrado acordo preliminar.

Com o argumento de que a discussão sobre a reforma trabalhista já foi encerrada no plenário, Eunício disse que, com ou sem entendimento entre os senadores, o painel será aberto nos próximos minutos para votação do tema.

Enquanto Eunício falava com o microfone sem fio, alguns senadores da base governista presentes no plenário bateram boca com parlamentares da oposição que se concentram na mesa diretora.

Em um momento, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Lindbergh bateram boca e tiveram de ser contidos por colegas no plenário.

As senadoras da oposição, que ocupam a mesa diretora desde meio-dia, continuam sentadas, apesar do apelo de Eunício.

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