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Se eleito, Aécio diz que manterá conquistas trabalhistas

Em entrevista, tucano disse que já anunciou o nome de Armínio Fraga para a Fazenda para mostrar que suas propostas têm previsibilidade


	Aécio Neves: "ninguém, melhor do que nós, tem a capacidade de fazer o Brasil voltar a crescer"
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Aécio Neves: "ninguém, melhor do que nós, tem a capacidade de fazer o Brasil voltar a crescer" (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 11h13.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou que se for eleito manterá as conquistas trabalhistas já existentes no país. "Jamais serei o presidente que irá tirar o direito dos trabalhadores." 

Em entrevista ao Jornal da Globo, o tucano voltou a dizer que já anunciou o nome do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para a pasta da Fazenda para mostrar que suas propostas têm previsibilidade e que ele conta com um grande time de colaboradores, capazes de mudar o Brasil.

"Nossa vitória gerará o efeito oposto ao de 2002, na vitória do ex-presidente Lula (o petista Luiz Inácio Lula da Silva), cercado de incertezas, com a disparada do dólar, a inflação chegando à casa dos 12%", citou.

E disse que sua eventual conquista da Presidência irá sinalizar para a redução dos juros a longo prazo. "O Brasil precisa retomar o ciclo de crescimento sustentável e ninguém, melhor do que nós, tem a capacidade de fazer o Brasil voltar a crescer, pois só crescendo vamos gerar empregos de maior qualidade e melhorar os investimentos na saúde, segurança e educação."

Questionado como pretende combater a inflação rapidamente, o senador mineiro disse apenas que "uma simples chegada" de sua candidatura ao poder é uma sinalização adequada com relação à inflação.

"Seremos um governo de previsibilidade e não de sustos ou grandes planos, mas um governo que sinalizará de forma clara ao mercado as regras, inclusive de reajuste de preços eu serão respeitadas."

Aécio disse que vai resgatar os investimentos, fortalecer as agências reguladoras e recuperar a capacidade de investimento do país. E atacou a adversária do PT, Dilma Rousseff, evitando falar na adoção de medidas amargas.

"Suor, sofrimento e aperto os brasileiros já estão sentindo na pele, com a inflação de volta, a de alimentos está em dois dígitos há mais de um ano e ela corrói os salários", argumentou.

Questionado sobre o fim do fator previdenciário, bandeira das centrais sindicais para recompor o salário dos aposentados, o candidato tucano evitou entrar em detalhes, dizendo apenas que vai conversar muito com a classe trabalhadora sobre este e outros temas.

"Estamos com as centrais formas de garantir ganhos reais para os aposentados", emendou. E disse que pretende ter uma relação transparente com os trabalhadores, "porque se o Brasil crescer, todos ganham." Mas, adiantou que pretende reorganizar o seguro desemprego, dizendo que isso constará do seu programa de governo que será divulgado em breve.

Na entrevista, Aécio disse novamente que é candidato mais bem preparado e com a melhor equipe para colocar o Brasil nos trilhos do crescimento.

E voltou a atacar o governo petista, classificando-o de intervencionista e dizendo que ele custou muito caro ao país porque afugentou os investidores e não trouxe a confiança necessária ao crescimento da economia.

O tucano falou também que pretende cortar, para cerca de metade, o atual número de ministérios. Indagado sobre as pastas que cortaria, disse apenas que pretende criar um ministério do Agronegócio, agrupando setores como agricultura e pesca e um "superministério" de infraestrutura.

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