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Se Dilma errou, foi para ter avanços sociais, diz ministro

Em entrevista a jornal argentino, Edinho Silva disse que o governo não tem plano B e está fazendo a lição de casa para colocar economia nos trilhos


	Presidente Dilma Rousseff e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente Dilma Rousseff e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 19 de setembro de 2015 às 21h55.

São Paulo – Em entrevista ao jornal argentino “La Nacion”, o ministro Edinho Silva (Comunicação da Presidência da República) afirmou que a presidente Dilma Rousseff “se esforçou ao máximo” para impedir o corte da nota de crédito do país pela Standard and Poor’s.

Segundo ele, o governo não tem um plano B caso as medidas de ajuste fiscal anunciadas na última segunda não sejam aprovadas no Congresso e que o Planalto está fazendo a sua parte para colocar a economia de volta nos trilhos.

“Existem pessoas que têm uma visão de estadistas, que buscam soluções, mas há também pessoas que assumem a postura de quanto pior a situação, melhor para elas”, disse repetindo um discurso comum entre os membros do governo.

Edinho admitiu, no entanto, que o governo cometeu erros na condução da economia, mas que os fez mirando avanços sociais.

"Se a presidenta cometeu erros, foi para proteger os empregos dos brasileiros, seus salários, sua renda e os avanços sociais. Se ela cometeu erros, foi pensando em governar para os mais necessitados", afirmou. 

Ele reconhece que as medidas do ajuste fiscal são impopulares, mas necessárias. "Se a presidenta quisesse prorrogar politicamente essas medidas poderia deixá-las para um próximo governo, mas teria uma bomba para desarmar em três anos", disse o ministro.

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