Saúde diz que Brasil atingiu platô de mortes, mas alta de casos preocupa
"No Brasil, embora os números de óbitos sejam elevados, desde a semana 22 o número tem se mantido relativamente constante", disse o secretário de Vigilância
Clara Cerioni
Publicado em 2 de julho de 2020 às 10h20.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 1º, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde , Arnaldo de Medeiros, disse que o Brasil vive um platô na curva de mortes em função da covid-19 , termo utilizado pelas autoridades de saúde quando há uma estabilização da evolução dos índices.
"No Brasil, embora os números de óbitos sejam elevados, desde a semana epidemiológica 22 o número de mortes tem se mantido relativamente constante. Aumenta um pouco, diminui um pouco. Embora o número seja elevado, tem que o número de óbitos tem se mantido em um platô”, destacou Medeiros.
Quando consideradas as semanas epidemiológicas, desde a 22ª, a média semanal vem oscilando. Na 22ª foi de 6.821, na 23ª de 7.096, na 24ª de 6.790, na 25ª de 7.256 e na última, 26ª, baixou para 7.094.
A curva do número de casos, no entanto, segue subindo, o que preocupa a pasta. Na 22ª semana epidemiológica, o Brasil atingiu o topo do ranking em média semanal de casos (151.042), ultrapassando os Estados Unidos. A média semanal de pessoas infectadas no Brasil aumentou para 174.406 na 23ª semana, para 177.668 na 24ª para 217.065 na 25ª e para 246.088 nesta última, a 26ª.
Os Estados Unidos, que iniciaram uma curva descendente em relação aos números de casos, voltaram a vivenciar um crescimento a partir da 24ª semana e nesta última ultrapassou levemente o Brasil na média semanal, com 248.876.
Comparação internacional
Conforme o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, na comparação absoluta, o Brasil é o 2º em número de mortes e de casos, atrás apenas dos Estados Unidos (com 2,6 milhões de pessoas infectadas e 127,4 mil mortes).
Quando considerada a comparação proporcional à população, o Brasil cai a 12ª posição no número de óbitos para 11º no número de pessoas contaminados.