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São Paulo perde participação, mas continua liderando PIB industrial do país

Capital paulista responde por 8,7% da renda gerada pelo setor; cidade de campos, no Rio de Janeiro, fica em segundo impulsionada pela indústria do petróleo

Dez municípios concentravam cerca de 25% da produção da indústria no país (DIVULGAÇÃO/Camargo Correia)

Dez municípios concentravam cerca de 25% da produção da indústria no país (DIVULGAÇÃO/Camargo Correia)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 10h16.

Rio de Janeiro - O município de São Paulo se manteve como líder do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país, em 2008, sendo responsável por 8,7% de toda a renda gerada pelo setor. A capital paulista, no entanto, vem perdendo participação desde 2004, quando respondia por 9,9% do PIB da indústria.

Em seguida, aparece o município fluminense de Campos dos Goytacazes (3,4%), que superou a capital do estado em 2005, impulsionado pelas atividades de exploração de petróleo e gás natural; e o Rio de Janeiro (2,0%).

Os dados, divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da pesquisa PIB dos Municípios 2008.

Segundo o levantamento, as maiores expansões do valor adicionado da indústria entre as cidades que tinham pelo menos 0,5% de contribuição foram verificadas em Campos dos Goytacazes, com crescimento de 0,8% em relação ao ano anterior, e Parauapebas (PA), que teve aumento de 0,4% entre os dois anos.

Em Campos, o ganho de participação foi puxado pela alta nos preços e na produção de petróleo; em Parauapebas foi beneficiada pelo aumento dos preços dos minérios de ferro e de manganês no mercado internacional, já que no município estão localizados grandes empreendimentos na área de mineração e exploração desses produtos.

O levantamento também destaca que a atividade industrial permanece como setor com maior concentração. Em 2008, apenas dez municípios concentravam aproximadamente ¼ do valor adicionado da indústria e 13,6% da população do país. Se a lista de municípios for aumentada para 56, alcança-se a metade do valor adicionado do setor e 27,9% da população. Por outro lado, 2.513 municípios juntos responderam por apenas 1,0% do valor adicionado e concentraram 9,7% da população.

No setor de serviços, metade do PIB ficou concentrada em 36 cidades, que eram responsáveis por 27,7% da população; enquanto, na outra ponta, 1.314 municípios respondiam por 1,0% do valor adicionado do setor e por 2,9% da população. Os serviços continuam fortemente concentrados nas capitais, tendo alcançado 40,2% em 2008.

Dos 36 municípios que agregavam 50% do PIB dos serviços, 16 eram capitais. Neste setor, a capital paulista foi a que mais perdeu participação em relação a 2007 (-0,4%), em função das perdas no comércio varejista, principalmente dos revendedores de veículos e distribuidores de combustíveis. Por outro lado, o maior ganho de participação foi observado em Brasília (0,2%), impulsionado pelos reajustes salariais.

Já na agropecuária, setor em que a concentração é menos intensa, 189 municípios agregavam 25% do valor adicionado do setor e 655 cidades respondiam por 1% dele. O documento destaca que em 2008 o cenário internacional favorável e as boas condições climáticas beneficiaram o desempenho das plantações de soja e milho.

O município de Sorriso (MT), pelo segundo ano consecutivo, foi o maior produtor de grãos, principalmente soja, e contribuiu com 0,5% do PIB do setor. Em seguida, aparece a baiana São Desidério, também com 0,5% de contribuição em função da soja e do milho, com preços altos. Além disso, houve melhoria nas técnicas de produção e da ampliação das áreas colhidas.

O documento destaca, ainda, os municípios de Barreiras (BA), outro produtor de soja e milho, com contribuição de 0,3%; Petrolina (PE), com a produção de frutas para exportação e contribuição de 0,4%; Unaí (MG), maior produtor brasileiro de feijão, além de produzir milho e soja, que contribuiu com 0,3%; e Uberaba (MG), com contribuição de 0,3% em função do aumento de 68% na produção de cana-de-açúcar.

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