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São Paulo e Osasco iniciam ação conjunta de combate à dengue

De acordo com a prefeitura, incidência de dengue aumentou na Lapa e no Rio Pequeno, na zona oeste; no Tremembé, na zona norte; e na Vila Jacui, na zona leste


	Aedes aegypit: desde janeiro, registros de casos cresceram 15,4% na capital em comparação com mesmo período do ano passado, com um total de 1166 casos notificados pelas unidades de saúde
 (James Gathany/Wikimedia Commons)

Aedes aegypit: desde janeiro, registros de casos cresceram 15,4% na capital em comparação com mesmo período do ano passado, com um total de 1166 casos notificados pelas unidades de saúde (James Gathany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 14h41.

São Paulo - O aumento na incidência de casos de dengue em bairros da zona oeste da capital paulista e em áreas localizadas em Osasco, município vizinho, levaram as duas cidades a iniciar hoje (7) um trabalho conjunto de combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

A ação desenvolvida pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) está sendo executada por cerca de 60 agentes de zoonoses distribuídos nos bairros do Jaguaré, no lado da capital, e Presidente Altino e Parque Continental, em Osasco. Além do recurso da nebulização (fumacê) para eliminação de possíveis criadouros de mosquitos, as equipes distribuirão coberturas para caixas d'água – uma tela fina para evitar a proliferação de larvas do mosquito. Segundo a prefeitura, trata-se de uma alternativa temporária enquanto o morador providencia a tampa definitiva.

De acordo com a prefeitura, a incidência de dengue aumentou também nos bairros da Lapa e do Rio Pequeno, na zona oeste; no Tremembé, na zona norte; e na Vila Jacui, na zona leste. Desde o começo do ano, os registros de casos cresceram 15,4% na capital em comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 1.166 casos notificados pelas unidades de saúde.

Segundo as autoridades, os números correspondem a 10,4 casos a cada 100 mil habitantes, o que é considerado baixa incidência pelo Ministério da Saúde, diz a Secretaria Municipal da Saúde. Ao longo de todo o ano passado, foram notificados 2.617 casos e índice de 23,2 a cada 100 mil habitantes. O secretário da Saúde, José de Filippi Jr, disse que a medida tem caráter preventivo. “Temos de estar sempre com precaução para não deixar que o índice superar esse patamar baixo”, destacou o secretário.

Ele observou que a ausência de chuvas no verão atrasou o aparecimento e a transmissão da doença, já que as larvas do Aedes aegypti dependem da água para chegar à fase adulta, quando o mosquito se torna transmissor da doença.

Só nos bairros da Lapa e do Jaguaré, já foram feitos 230 bloqueios de criadouros (cada bloqueio equivale em média a nove quarteirões e 500 imóveis) e 224 de nebulização (aparelho costal), informou a secretaria. Houve ainda três operações Cata-Bagulho para evitar a formação de criadouros. Foram também distribuídos panfletos com orientações em 272 mil imóveis e feitas 120 mil visitas a casas e nebulização em 11 mil imóveis.

Os surtos apareceram em cinco dos 98 distritos da capital. Os casos somaram 208, no bairro do Jaguaré,112 na Lapa e 114 no Rio Pequeno. Na zona norte, o Tremembé acumula 38,5 casos por 100 mil habitantes e a Vila Jacuí, na zona leste, 30,2 ocorrências.

De acordo com a Secretaria da Saúde, em todo o estado, houve queda de 83% na incidência da dengue desde o começo do ano. Até agora, foram registrados 18.445 casos ante 107.739 no mesmo período do ano passado.

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