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São Paulo descarta intervenção de Força Nacional

Secretaria de Segurança Pública de São Paulo desmentiu hoje que teria chegado a um acordo com o Governo Federal para reforçar a presença policial nas ruas


	Policial prende manifestante durante protesto: Secretaria informou que chegou a um acordo para um "trabalho conjunto" com a Polícia Rodoviária Federal para garantir a segurança
 (Pilar Olivares/Reuters)

Policial prende manifestante durante protesto: Secretaria informou que chegou a um acordo para um "trabalho conjunto" com a Polícia Rodoviária Federal para garantir a segurança (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 15h48.

São Paulo - O Ministério da Justiça e autoridades estaduais descartaram nesta quarta-feira o envio a São Paulo de agentes da Força Nacional de Segurança, um grupo de policiais de elite, para reforçar a segurança após os violentos protestos registradas nos últimos dias.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo desmentiu hoje em comunicado as versões de alguns jornais de que teria chegado a um acordo com o Governo Federal para reforçar a presença policial nas ruas com soldados da Força Nacional de Segurança.

A Secretaria informou que apenas chegou a um acordo para um "trabalho conjunto" com a Polícia Rodoviária Federal para garantir a segurança em importantes vias do estado de São Paulo que foram bloqueadas pelos manifestantes nos últimos dias.

Os protestos começaram na madrugada da segunda-feira em reação à morte de dois adolescentes pela Polícia Militar de São Paulo em dois casos distintos.

Na segunda de manhã manifestantes bloquearam a rodovia Fernao Dias, a principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte, e atearam fogo a alguns caminhões e ônibus no meio da via.

"Por ser uma estrada federal é pertinente que policiais de estradas atuem junto com a PM. Esse foi o objetivo do telefonema feito pelo secretário (estadual de Segurança Pública) Fernando Grella Vieira ao ministro (da Justiça) José Eduardo Cardozo", esclareceu o comunicado.

A secretaria investiga a possível infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada a maior organização criminosa do país, nos protestos desta semana.

As autoridades se questionam se a ordem do "toque de recolher", dada na segunda e terça-feira na zona norte de São Paulo que fez vários comércios da região fecharem, partiu do PCC.

Um recente relatório do jornal "Estado de S. Paulo", com dados de uma investigação do Ministério Público, apontou que o PCC tem em seus planos, entre outras ações, assassinar autoridades, participar da política e infiltrar membros nos protestos, que surgiram em junho em todo o país.

As supostas ameaças do PCC seriam em resposta ao pedido de mudança de seus principais líderes para prisões mais seguras. 

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