Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: segundo o Simesp, o número total de desligados deverá ser ainda maior que o informado pela Santa Casa, podendo chegar a 2 mil trabalhadores (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2015 às 14h34.
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo admitiu hoje (1º) que estuda o desligamento de 1,5 mil funcionários, o equivalente a 12% do quadro de servidores.
A instituição, que enfrenta uma grave crise financeira, ainda não definiu a data para iniciar o plano de demissões. O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) estima que, entre os profissionais, 184 médicos serão demitidos.
Segundo o Simesp, o número total de desligados deverá ser ainda maior que o informado pela Santa Casa, podendo chegar a 2 mil trabalhadores.
Uma assembleia com os médicos vai discutir o pagamento das verbas rescisórias. De acordo com o sindicato, a Santa Casa propõe que o dinheiro seja pago de forma parcelada e que cada parcela tenha o mesmo valor do salário, limitado a R$ 10 mil mensais.
O presidente do Simesp, Eder Gatti, disse que a proposta é desfavorável aos médicos, que já estão com salário e o 13º atrasados.
“Cerca de 500 médicos não receberam o salário de novembro de 2014 e nenhum recebeu o 13º salário, o que deveria ser levado em consideração. Vale ressaltar que a categoria não quer que a instituição feche, mas que mantenha a excelência nos serviços à população.”
A Santa Casa informou que ainda conversa com o sindicato e estuda formas para o processo de desligamento dos servidores. “Apesar de difícil, esta decisão é crucial para que a Santa Casa de São Paulo continue operacional”, diz nota da instituição.