Ciclone: O fenômeno ocorre em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de julho de 2023 às 11h51.
Um ciclone extratropical atinge os estados Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também afeta São Paulo e o Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 13.
O fenômeno tem causado desde quarta-feira, 12, fortes chuvas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e ventos que ultrapassam os 100km/h. O ciclone ocorre em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai.
De acordo com o Climatempo, chove na capital paulista na quinta-feira, 13. Uma queda brusca de temperatura irá marcar a sexta-feira, com minima de 9º. O final de semana será marcado por baixas temperaturas, com a máxima não passando de 22º no sábado e 26º no domingo.
De acordo com o Inmet, os ventos devem diminuir de intensidade partir da quinta-feira, 13, quando o ciclone extratropical deve se deslocar para o Oceano Atlântico e perder força. Até sábado, com o fim das chuvas e dos ventos, é esperado que o ciclone acabe.
Segundo o Clima Tempo, um ciclone extratropical é uma uma área de baixa pressão atmosférica onde os ventos giram ao redor de um centro, sempre no sentido horário, no caso do Hemisfério Sul, formando um círculo completo.
Quanto mais baixa a pressão do ar no centro do ciclone, mais fortes são os ventos e maior o potencial para o desenvolvimento de nuvens muito extensas, que provocam chuva volumosa e forte, ventania, raios e eventualmente granizo.
O fenômeno acontece em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai. O ciclone atinge os estados da região sul e afeta São Paulo e Rio de Janeiro.
A Defesa Civil de São Paulo emitiu alerta nesta quarta-feira, com previsão de ventos fortes no estado e ondas de até quatro metros no litoral paulista até sexta. Há previsão de ventos fortes, de até 90 km/h, especialmente para a região metropolitana de São Paulo.
Nesta quinta-feira são esperadas rajadas de ventos nos pontos altos da serra do Rio de Janeiro. De acordo com o Sistema Alerta Rio, os cariocas vão perceber o aumento de nebulosidade ao longo do dia.
Ao contrário do ciclone extratropical, o ciclone tropical não tem temperatura fria associada à sua formação. Eles surgem a partir do sistema de baixa pressão que apresenta circulação fechada de ventos, umidade elevada e alta temperatura, e está associado a intensas tempestades e a ventos em alta velocidade.
Esse tipo de ciclone pode variar o seu tamanho e é medido a partir da distância limite em relação ao centro, conhecida como “raio de vento máximo”. Forma-se geralmente na latitude entre 20º ao sul e 20º ao norte, ou seja, no entorno dos trópicos, próximo à linha do equador.
Semelhante aos tropicais, os ciclones subtropicais também são formados a partir de um sistema de baixa pressão e em altas temperaturas. Eles possuem tamanho horizontal menor do que os ciclones extratropicais e provoca grande volume de chuva e ventos de maior intensidade. Forma-se entre os trópicos.
Os ciclones se transformam em furacão quando a velocidade dos ventos é igual ou superior a 119 km/h. Quando acontece no hemisfério sul, os ventos giram no sentido horário, enquanto no hemisfério norte no anti-horário. O fenômeno surge no mar do Caribe ou nos Estados Unidos, mede de 200 km a 400 km de diâmetro e pode chegar a vários dias de duração — até atingir a terra firme, perder força e se dissipar.
O tornado é um tipo de ciclone, com dimensões e duração bem menores que a de um furacão. Porém, esse fenômeno é capaz de gerar grandes catástrofes. Os tornados são fenômenos tipicamente continentais, sua formação ocorre através da chegada de frentes frias em regiões onde o ar está mais quente e instável, favorecendo o desenvolvimento de uma tempestade. Um tornado normalmente apresenta 100 metros de extensão, e sua duração é de poucos minutos.
Com Agência o Globo.