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Sabesp tira 3,2 bilhões de litros da 2ª reserva

O uso dessa segunda reserva profunda de água ainda não foi formalmente autorizado

Seca no Sistema Cantareira, em São Paulo: ontem, o sistema estava com 3,5% da capacidade (Divulgação/Sabesp)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 09h29.

São Paulo - Boletim de monitoramento do Sistema Cantareira divulgado nesta segunda-feira, 20, pelos órgãos reguladores do manancial mostra que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) já retirou 3,2 bilhões de litros da segunda cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, um dos reservatórios do sistema.

O uso dessa segunda reserva profunda de água , que fica abaixo do nível das comportas, ainda não foi formalmente autorizado. Ontem, o sistema estava com 3,5% da capacidade.

Segundo uma resolução do dia 7 de julho da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), que regulam o manancial, a retirada dos 182,5 bilhões de litros do primeiro volume morto do Cantareira, iniciada no dia 31 de maio, deve ocorrer até a cota de 815 metros das Represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, totalizando 104,3 bilhões de litros, e até a cota de 777 metros na Represa Atibainha, que compreende 78,2 bilhões de litros adicionais.

Nesta segunda, contudo, segundo o boletim técnico, o nível da água na Atibainha já estava na cota 776,77, ou seja, 33 centímetros abaixo do limite mínimo autorizado para captação.

O patamar corresponde a 3,2 bilhões de litros retirados da represa para abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas, deixando o reservatório com capacidade negativa em 3,32%.

Nas represas Jaguari-Jacareí restavam ainda 21,3 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, ou 2,63% da capacidade. Os dados são fornecidos aos órgãos pela própria Sabesp.

No dia 14, uma vistoria feita pela ANA na Atibainha constatou que o nível da água estava 38 centímetros abaixo da cota mínima autorizada.

No relatório da Sabesp daquele dia, porém, o nível estava 2 centímetros acima do limite e só zerou no dia 15, quando técnicos da agência voltaram ao reservatório e identificaram que as réguas de medição haviam desaparecido.

O presidente da ANA, Vicente Andreu, pediu providências ao DAEE. À época, o uso da segunda reserva estava proibido por uma liminar, revertida pelo governo paulista no dia 16.

No dia seguinte, a ANA aceitou liberar a segunda reserva em parcelas, mas com regras que ainda estão sendo negociadas. Em nota, a Sabesp nega descumprir a regra porque ainda há água do primeiro volume morto na Jaguari-Jacareí.

Lago

Em Limeira, o Rio Jaguari ficou 32 centímetros mais baixo em uma semana e a água teve problemas de qualidade. Para evitar o colapso, a captação ocorre em um lago do Ribeirão do Pinhal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Boletim de monitoramento do Sistema Cantareira divulgado nesta segunda-feira, 20, pelos órgãos reguladores do manancial mostra que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) já retirou 3,2 bilhões de litros da segunda cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, um dos reservatórios do sistema.

O uso dessa segunda reserva profunda de água , que fica abaixo do nível das comportas, ainda não foi formalmente autorizado. Ontem, o sistema estava com 3,5% da capacidade.

Segundo uma resolução do dia 7 de julho da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), que regulam o manancial, a retirada dos 182,5 bilhões de litros do primeiro volume morto do Cantareira, iniciada no dia 31 de maio, deve ocorrer até a cota de 815 metros das Represas Jaguari-Jacareí, na região de Bragança Paulista, totalizando 104,3 bilhões de litros, e até a cota de 777 metros na Represa Atibainha, que compreende 78,2 bilhões de litros adicionais.

Nesta segunda, contudo, segundo o boletim técnico, o nível da água na Atibainha já estava na cota 776,77, ou seja, 33 centímetros abaixo do limite mínimo autorizado para captação.

O patamar corresponde a 3,2 bilhões de litros retirados da represa para abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas, deixando o reservatório com capacidade negativa em 3,32%.

Nas represas Jaguari-Jacareí restavam ainda 21,3 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, ou 2,63% da capacidade. Os dados são fornecidos aos órgãos pela própria Sabesp.

No dia 14, uma vistoria feita pela ANA na Atibainha constatou que o nível da água estava 38 centímetros abaixo da cota mínima autorizada.

No relatório da Sabesp daquele dia, porém, o nível estava 2 centímetros acima do limite e só zerou no dia 15, quando técnicos da agência voltaram ao reservatório e identificaram que as réguas de medição haviam desaparecido.

O presidente da ANA, Vicente Andreu, pediu providências ao DAEE. À época, o uso da segunda reserva estava proibido por uma liminar, revertida pelo governo paulista no dia 16.

No dia seguinte, a ANA aceitou liberar a segunda reserva em parcelas, mas com regras que ainda estão sendo negociadas. Em nota, a Sabesp nega descumprir a regra porque ainda há água do primeiro volume morto na Jaguari-Jacareí.

Lago

Em Limeira, o Rio Jaguari ficou 32 centímetros mais baixo em uma semana e a água teve problemas de qualidade. Para evitar o colapso, a captação ocorre em um lago do Ribeirão do Pinhal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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