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Sabesp apresentará plano de contingência para comitê

A Sabesp deve apresentar em até 30 dias um plano com medidas a serem adotadas em caso de agravamento da crise hídrica


	Represa seca em São Paulo: segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o plano de contingência é preventivo
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Represa seca em São Paulo: segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o plano de contingência é preventivo (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 15h46.

RIO DE JANEIRO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deve apresentar em até 30 dias um plano de contingência com medidas que poderão ser adotadas em caso de agravamento da crise de abastecimento de água na região metropolitana.

A apresentação do plano foi decidida nesta sexta-feira, durante primeira reunião de um comitê para a crise hídrica formado por representantes do governo estadual e prefeituras paulistas além de técnicos da Sabesp.

Segundo nota da prefeitura de São Paulo divulgada após a reunião, durante o encontro, a Sabesp apresentou obras que afirma que poderão aumentar a captação de água em 6 metros cúbicos por segundo ainda este ano, o que poderia garantir o abastecimento.

"Nós vamos fazer o plano de contingência. A Sabesp vem trabalhando nisso há meses e com trabalhos bastante adiantados. Vamos fazer uma comissão executiva com os prefeitos da região metropolitana e de Campinas, com a Sabesp, Defesa Civil, sob a coordenação da Secretaria de Recursos Hídricos”, disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, segundo a prefeitura paulistana.

Segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o plano de contingência é preventivo. "Ainda que o pior cenário apresentado não exija uma mudança do padrão atual de redução de pressão para o rodízio (racionamento), nós faremos um plano de contingência. Prepararemos tecnicamente um plano de contingência esperando não usá-lo", disse o prefeito.

Nesta sexta-feira, o sistema de represas Cantareira, o mais importante da região metropolitana de São Paulo, exibia nível de 6,9 por cento de armazenamento, índice que refere-se apenas à segunda cota do chamado volume morto.

A Sabesp está tendo que bombear água do fundo do sistema desde meados do ano passado, depois que o volume armazenado pelas represas caiu abaixo do nível das comportas, impedindo a chegada da água às estações de tratamento sem a ajuda de bombas.

Segundo dados da companhia de abastecimento, em janeiro choveu apenas cerca de metade da média histórica sobre o sistema Cantareira. Em fevereiro até agora as chuvas acumuladas estão cerca de 26 por cento abaixo da média histórica. A próxima reunião do comitê para a crise hídrica de São Paulo deverá acontecer em três semanas.

"Eu imagino que daqui duas ou três semanas, a gente tenha uma visão bem clara desse plano de contingência, que esperamos que não seja necessário implementá-lo”, disse o secretário estadual de recursos hídricos, Benedito Braga, segundo a prefeitura.

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