Celso Russomanno fazendo campanha em São Paulo: candidato é líder nas pesquisas (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2012 às 20h18.
São Paulo - Após cair cinco pontos porcentuais e aparecer com 30% das intenções de votos na última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta (27), o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, irá mudar o tom de suas inserções no rádio e na TV nesta última semana de campanha eleitoral, antes do primeiro turno, no dia 7 de outubro.
De acordo com o presidente nacional do PRB e coordenador de sua campanha, Marcos Pereira, as inserções serão usadas para "responder aos ataques" dos adversários. Uma das inserções, que será uma resposta à crítica de que ele não tem experiência para assumir o cargo de prefeito, vai comparar a sua trajetória com a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vamos mostrar o outro lado da moeda. (Antes de ser presidente) o Lula foi deputado por um mandato, se é assim, o Russomanno tem mais experiência que o Lula tinha (quando foi eleito presidente, em 2002), já que ele teve quatro mandatos de deputado", afirmou Pereira à Agência Estado.
Essa estratégia já foi colocada em prática na manhã desta sexta-feira (28), durante palestra proferida por Russomanno no Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd). "Será que eu não tenho mesmo experiência nenhuma aos 56 anos? Vamos voltar e lembrar que todos tinham medo do Lula. Ele tinha apenas um único mandato de deputado federal e foi um bom presidente. Um presidente que trabalhou pelo social. Tudo que eu quero na minha vida é trabalhar pelo social", disse o candidato no evento.
Marcos Pereira afirmou ainda que apenas as inserções na programação do rádio e televisão serão usadas para rebater as críticas. "O programa (eleitoral gratuito) continuará mostrando propostas", disse. Além disso, a campanha pretende intensificar os eventos de rua na zona sul e na zona leste, regiões que, de acordo com Pereira, o candidato tem possibilidade de crescer. "São os locais que a pesquisa aponta que ele está bem e tem potencial de crescimento. Não adianta ir em lugares com pouca intenção de votos", afirmou. "Não há planos de se fazer algum grande comício de encerramento da campanha", completou Pereira.
Serra
Já o candidato do PSDB, José Serra, pretende intensificar as atividades de rua na última semana de campanha, buscando assegurar a sua ida ao segundo turno. De acordo com o coordenador de sua campanha, deputado federal Edson Aparecido (PSDB), serão feitas diversas carreatas neste fim de semana. Neste sábado (29) serão feitas dez carreatas ao mesmo tempo em diversas partes da cidade e, no domingo, outras cinco, além de um comício na zona leste, em frente a estação Vila Matilde do metrô.
"Vamos intensificar a agenda do Serra e a mobilização, a campanha de rua. Todas as lideranças da campanha, como os deputados, estão escalados para ir a eventos dos vereadores e ajudar na campanha", afirmou.
O governador Geraldo Alckmin também estará presente em mais eventos. De acordo com Aparecido, há intenção de trazer o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para eventos ao lado do candidato. "Na última semana tudo se intensifica", avaliou. Para o último dia de campanha, sexta-feira (05), a ideia é realizar um grande evento no centro, mas ainda não há nada definido.
Haddad
O candidato petista, Fernando Haddad, irá reforçar suas atividades na periferia para buscar o voto "tradicional do PT", nas palavras do coordenador da agenda do petista, deputado estadual Simão Pedro (PT) e chegar ao segundo turno. "Estamos tratando de buscar o que é nosso, aquele povo que fala que quer o PT no governo, mas por desconhecimento acaba votando em outro", explicou.
O ex-presidente Lula irá às carreatas no sábado e a um comício no domingo. De acordo com Pedro, a ex-prefeita Marta Suplicy também participará dos eventos do fim de semana. E a presidente Dilma Rousseff avisou o PT que vai participar de um comício de Haddad, na noite de segunda-feira, dia 1º de outubro, na zona leste.
Simão Pedro afirma que os programas de televisão e rádio seguirão a mesma linha usada nos últimos dias, de comparar o projeto de Haddad ao de seus principais adversários, Celso Russomanno e José Serra. "Uma (proposta) é o continuísmo de um estilo que se esgotou (Serra) e a outra é o retrocesso (Russomanno). Vamos mostrar que nosso projeto tem mais consistência que o de ambos", descreveu. "Continuaremos na mesma linha. Está dando certo, Fernando Haddad está crescendo, Russomanno está caindo. Vamos animar a militância. Fazer a diferença e buscá-la para chegar ao segundo turno", frisou.