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Rosso diz que reforma da Previdência como está não será aprovada

O deputado também citou as reformas trabalhista e tributária como relevantes na agenda da Casa para este ano

Rogério Rosso: "Do jeito que chegou na Câmara, ela não será aprovada... vai sofrer alterações", disse (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Rogério Rosso: "Do jeito que chegou na Câmara, ela não será aprovada... vai sofrer alterações", disse (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 16h27.

Última atualização em 9 de janeiro de 2017 às 18h32.

Brasília - Ao lançar oficialmente sua campanha à presidência da Câmara nesta segunda-feira, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), colocou as reformas como prioridade de votação na Casa, mas defendeu que a Previdência seja discutida "sem atropelo", além de afirmar que ela não deve ser aprovada da forma como foi enviada pelo Executivo.

"Do jeito que chegou na Câmara, ela não será aprovada... vai sofrer alterações", disse, durante o lançamento de sua campanha em uma transmissão ao vivo em seu perfil do Facebook, referindo-se à reforma da Previdência.

"Como presidente da Câmara dos Deputados, claro, a reforma da Previdência vai ser colocada... mas, claro, sem atropelo", ressaltou.

Rosso disse ainda defender que a reformulação das regras previdenciárias seja discutida de forma a chegar em um ponto de equilíbrio que "de um lado acomode as demandas da área econômica, mas de outro lado, principalmente, que promova um texto com justiça social".

O deputado também citou as reformas trabalhista e tributária como relevantes na agenda da Casa para este ano, além do Código de Mineração como outro tema prioritário.

Sob o lema "Câmara forte, unida e respeitada", Rosso apresentou como propostas aproximar a Câmara da sociedade, dar mais importância a projetos de iniciativa de parlamentares, e sessões de votações que comecem e terminem mais cedo.

Chapecoense

Vestido com uma camisa do time da Chapecoense, equipe que sofreu um duro golpe quando um avião que levava a equipe caiu na Colômbia, matando 71 pessoas, Rosso sugeriu ainda a apresentação de recursos por meio de emenda parlamentar para a construção de um museu em memória das vítimas.

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados está marcada para o dia 2 de fevereiro. Além de Rosso, devem se candidatar ao posto o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (RJ), o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e André Figueiredo (PDT-CE). Rosso e Jovair integram um grupo político conhecido como centrão, formado por aproximadamente 200 deputados.

O líder do PSD fez questão de frisar que conta com o apoio a sua bancada e de sua sigla, "que no final do ano passado por unanimidade entendeu que o partido deveria sim ter uma candidatura", reservando um agradecimento especial ao presidente licenciado da legenda, Gilberto Kassab.

Segundo uma fonte que acompanha as articulações sobre a eleição da presidência da Câmara, no entanto, o PSD sinalizou que irá apoiar Rogrigo Maia, assim como o PR e o PP, partidos do centrão.

Diante dos rumores, Rosso, que estava em Recife, decidiu oficializar sua campanha nesta segunda. Também aproveitou para voltar a questionar a candidatura de Maia. Para o líder do PSD e outros adversários de Maia, a Constituição veda a reeleição do presidente em uma mesma Legislatura.

Maia, por sua vez, lançou mão de pareceres para sustentar que não há proibição expressa no texto constitucional para o seu caso, em que assumiu a Câmara em um mandato tampão.

O atual presidente evita colocar-se como candidato e tem dito que vem "amadurecendo" a ideia para oficializar sua decisão.

Nesta segunda, Maia assumiu a Presidência da República interinamente, com a viagem do presidente Michel Temer para Portugal, onde participará do funeral do ex-presidente português Mário Soares.

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