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Roraima é estado com maior taxa geral de divórcio, diz IBGE

O estado mais ao norte do Brasil apresenta a maior taxa geral de divórcio (4,01 por mil habitantes) do país, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 15h59.

Boa Vista - Ninguém se casa pensando em separar. Mas, às vezes, o divórcio é inevitável. Ainda mais se a pessoa mora em Roraima.

O estado mais ao norte do Brasil apresenta a maior taxa geral de divórcio (4,01 por mil habitantes) do país, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

O jornalista Gilvan Costa, 42 anos, faz parte dessa estatística. Gilvan casou uma vez e teve dois processos de união estável.

"O primeiro eu chamo de amor de universidade, porque nos conhecemos na faculdade, moramos juntos e terminamos após o fim do curso. O segundo relacionamento foi casamento mesmo, com direito a juiz e tudo mais. O terceiro é mais recente, terminou há sete meses e acredito que a diferença de idade tenha influenciado no término da união estável", disse o jornalista, que se autointitula "especialista em divórcio".

Ele passou sete anos casado com a enfermeira Liliana Araújo Bezerra com quem teve dois filhos, Giullia e Arthur.

Na época da separação, em 2010, as crianças eram pequenas. "Mas sentamos com a Giulia e explicamos que a partir daquele momento ela teria duas casas", contou.

Mesmo morando em casas diferentes, ele e os filhos, hoje com oito e cinco anos, se veem todos os dias.

"Eu tenho convívio diário com os dois. Busco em casa, deixo na escola, eles dormem na minha casa duas vezes por semana e passamos dois finais de semana por mês juntinhos. Não dá pra ter saudade", comentou.

O processo de divórcio de Gilvan e Liliana foi tranquilo e rápido.

"Levamos quase um ano para dar entrada no pedido de divórcio. Mas já tínhamos tudo definido quando fomos para a audiência. Eu costumo dizer que tenho guarda compartilhada desde antes da lei, pois foi tudo acertado entre nós dois", explicou.

O "especialista em divórcio" tem uma teoria para tantos casos de divórcio em Roraima: a miscigenação cultural.

"Aqui, tem uma característica interessante: a maioria dos moradores é de fora. São pessoas de vários estados com culturas e criações diferentes, que quando levadas para dentro de quatro paredes podem gerar conflitos", disse.

"Os meus relacionamentos acabaram por causa de pequenos conflitos. Às vezes, resolver para onde ir durante as férias era difícil, porque eu queria ir para um lugar e a esposa para outro", lembrou.

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Boa Vista - Ninguém se casa pensando em separar. Mas, às vezes, o divórcio é inevitável. Ainda mais se a pessoa mora em Roraima.

O estado mais ao norte do Brasil apresenta a maior taxa geral de divórcio (4,01 por mil habitantes) do país, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

O jornalista Gilvan Costa, 42 anos, faz parte dessa estatística. Gilvan casou uma vez e teve dois processos de união estável.

"O primeiro eu chamo de amor de universidade, porque nos conhecemos na faculdade, moramos juntos e terminamos após o fim do curso. O segundo relacionamento foi casamento mesmo, com direito a juiz e tudo mais. O terceiro é mais recente, terminou há sete meses e acredito que a diferença de idade tenha influenciado no término da união estável", disse o jornalista, que se autointitula "especialista em divórcio".

Ele passou sete anos casado com a enfermeira Liliana Araújo Bezerra com quem teve dois filhos, Giullia e Arthur.

Na época da separação, em 2010, as crianças eram pequenas. "Mas sentamos com a Giulia e explicamos que a partir daquele momento ela teria duas casas", contou.

Mesmo morando em casas diferentes, ele e os filhos, hoje com oito e cinco anos, se veem todos os dias.

"Eu tenho convívio diário com os dois. Busco em casa, deixo na escola, eles dormem na minha casa duas vezes por semana e passamos dois finais de semana por mês juntinhos. Não dá pra ter saudade", comentou.

O processo de divórcio de Gilvan e Liliana foi tranquilo e rápido.

"Levamos quase um ano para dar entrada no pedido de divórcio. Mas já tínhamos tudo definido quando fomos para a audiência. Eu costumo dizer que tenho guarda compartilhada desde antes da lei, pois foi tudo acertado entre nós dois", explicou.

O "especialista em divórcio" tem uma teoria para tantos casos de divórcio em Roraima: a miscigenação cultural.

"Aqui, tem uma característica interessante: a maioria dos moradores é de fora. São pessoas de vários estados com culturas e criações diferentes, que quando levadas para dentro de quatro paredes podem gerar conflitos", disse.

"Os meus relacionamentos acabaram por causa de pequenos conflitos. Às vezes, resolver para onde ir durante as férias era difícil, porque eu queria ir para um lugar e a esposa para outro", lembrou.

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