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Roger Abdelmassih é levado para Presídio de Tremembé

Várias mulheres, que afirmaram ter sido vítimas de Abdelmassih, acompanharam a chegada dele e pediram que outras pacientes denunciem os abusos

Roger Abdelmassih (Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 17h06.

Brasília - O ex-médico Roger Abdelmassih deixou o Aeroporto de Congonhas, vindo do Paraguai , de onde seguiu para o Presídio de Tremembé. Na chegada ao aeroporto, policiais civis reforçaram a segurança no local por causa do grande número de pessoas que aguardavam a transferência do ex-médico, entre elas vítimas e jornalistas.

Várias mulheres, que afirmaram ter sido vítimas de Abdelmassih, acompanharam a chegada dele e pediram que outras pacientes denunciem os abusos. O ex-médico estava algemado e de colete à prova de balas. Condenado por estrupos cometidos contra pacientes, ele foi preso ontem (19), em Assunção, no Paraguai.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil Osvaldo Nico Gonçalves, a prisão de Abdelmassih é uma vitória para a polícia e todos os órgãos envolvidos na investigação. Segundo ele, o ex-médico disse "que está arrependido", porém Abdelmassih não detalhou sobre qual ato estava se referindo. Conforme o delegado, o ex-médico disse ainda que vai reverter a situação atual.

Especialista em reprodução humana, Abdelmassih foi por agentes da Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia e da Polícia Federal (PF) brasileira. Em 2010, ele foi condenado a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros cometidos contra as próprias pacientes, entre 1995 e 2008. Abdelmassih teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.

No entanto, o ex-médico continuou em liberdade, na época, por ter obtido habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O benefício foi cassado pelo próprio STF, em fevereiro de 2011. Desde então, Abdelmassih estava foragido. O nome dele constava na lista dos mais procurados pela polícia internacional (Interpol).

O paradeiro de Abdelmassih foi descoberto após investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaedo) - Núcleo Bauru, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

Segundo o MP-SP, as pistas surgiram durante a apuração de novos crimes praticados pelo ex-médico e por terceiros, tais como favorecimento pessoal, falsidade ideológica e falsidade material, em cidades do interior paulista, entre elas, a de Avaré. Durante buscas em uma propriedade rural, foram encontrados indícios de que ele estaria no país vizinho. As informações foram então compartilhadas com a PF.

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