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Roger Abdelmassih comprou arma e pensou em se matar

Ex-médico foi condenado, em 2010, a 278 anos de prisão por 48 estupros contra 37 vítimas


	Roger Abdelmassih: ex-médico foi capturado na terça-feira, dia 19, após ficar três anos e meio foragido em Assunção
 (Reuters)

Roger Abdelmassih: ex-médico foi capturado na terça-feira, dia 19, após ficar três anos e meio foragido em Assunção (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 21h03.

São Paulo - O ex-médico Roger Abdelmassih, de 70 anos, cogitou cometer suicídio para evitar sua volta à prisão.

Em conversa com policiais civis e a reportagem da Rádio Estadão, na tarde de quarta-feira, dia 20, no Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital, o capturado disse que comprou uma arma para tirar a própria vida. O áudio foi obtido com exclusividade.

"Eu consegui comprar uma arma usada, uma 38. Eu nunca peguei numa arma. Eu comprei e falei: 'Se eu for pego, eu dou um tiro na cabeça'", revelou Abdelmassih, condenado, em 2010, a 278 anos de prisão por 48 estupros contra 37 vítimas.

Um dos maiores especialistas em fertilização in vitro do Brasil, ele foi capturado na terça-feira, dia 19, após ficar três anos e meio foragido em Assunção.

Abdelmassih contou aos policiais e à reportagem que "estava preparado", mas desistiu do plano.

"Eu não vou me matar mais. Eu vou acreditar agora na advocacia, porque eu fui condenado estupidamente, loucamente, por situações como estas. Não tem uma prova", disse o ex-médico, enquanto se preparava para assinar o cumprimento de sua prisão preventiva, expedida em 2011.

Ele foi levado para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Ao insistir para ser levado a Tremembé, o ex-médico falou sobre seu período na cadeia há cinco anos. "Eu passei um período difícil na prisão. Foram quatro meses que sofri muito."

Em 17 de agosto de 2009, ele foi preso - e solto em 23 de novembro daquele ano, após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar uma liminar para seu pedido de habeas corpus. O ex-médico insistiu em sua inocência.

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