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Rodrigo Maia é eleito presidente da Câmara dos Deputados

Deputado do Rio de Janeiro e representante da antiga oposição a Dilma fica no cargo até fevereiro de 2017; ele derrota Rogério Rosso, nome favorito de Temer

Rodrigo Maia (DEM-RJ) é cumprimentado por congressistas durante sessão para eleger o novo presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Raphael Martins

Publicado em 14 de julho de 2016 às 00h21.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 12h26.

São Paulo – O deputado federal Rodrigo Maia ( DEM -RJ) foi eleito na madrugada desta quinta-feira (14) o presidente da Câmara dos Deputados .

O parlamentar venceu em segundo turno contra Rogério Rosso (PSC-DF) por 285 votos a 170. Maia se classificou para o segundo turno em primeiro lugar, com 120 votos. (Veja aqui a cobertura ao vivo de EXAME.com)

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Foram mais de 7 horas de sessão, com 14 candidatos inscritos para o mandato “tampão” até fevereiro de 2017. A votação foi realizada em 14 urnas eletrônicas, com voto secreto.

"Eu nunca imaginei que poderia estar disputando a presidência da Câmara dos Deputados", disse em plenário. "Eu vou ser um de 513. Nós vamos governar essa casa juntos".

O deputado era o nome que representava a antiga oposição a Dilma Rousseff ( PT ), com apoio em bloco de partidos como o PSDB, PSB, PPS e DEM. O deputado derrota o nome preferido do presidente em exercício Michel Temer ( PMDB ), que buscava unificar a Câmara articulando com o “centrão”.

Como prevenção, o governo interino se manteve oficialmente isento na disputa para não criar animosidades. Acontece que os mais de 200 deputados do “centrão” são grupo fundamental para aprovar medidas de ajuste fiscal que Temer pretende enviar ao Congresso.

O desafio de Temer agora é estancar o sentimento de revanchismo dos pequenos partidos, que podem se sentir desprestigiados. Maia tem bom trânsito para isso: está no quinto mandato como deputado federal. (Veja aqui um perfil do deputado)

O QUE FAZ O PRESIDENTE?

O presidente da Câmara dos Deputados é o máximo representante da Casa e o segundo na linha de sucessão no Palácio do Planalto. Está atrás apenas do vice-presidente.

Caso o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) se consolide, ele sobe um posto e será o mandante toda vez que o Michel Temer (PMDB) se afastar do poder, por licença ou viagens oficiais.

Como dispõe no artigo 17 do Regimento Interno da Câmara, cabe ao presidente também a convocação da Ordem do Dia e organização, junto aos líderes dos partidos, das pautas apreciadas na Casa.

Um presidente simpático ao projeto de governo coloca à frente pautas prioritárias para o poder Executivo e bloqueia as “pautas-bomba” que tanto assombraram a gestão de Dilma na era Cunha.

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