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RJ volta a apresentar tendência de crescimento dos óbitos por covid-19

Estado voltou a apresentar um crescimento maior que 15% em comparação com duas semanas atrás

RJ: painel da prefeitura do Rio indica que números não favorecem as últimas três fases de flexibilização do isolamento (Ian Cheibub/Reuters)

RJ: painel da prefeitura do Rio indica que números não favorecem as últimas três fases de flexibilização do isolamento (Ian Cheibub/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 21h25.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 23h08.

Após 20 dias, a média móvel de mortes no estado do Rio voltou a apresentar um crescimento maior que 15% em comparação com duas semanas atrás. Nesta sexta-feira, a média móvel de óbitos aumentou cerca de 26%, o que indicaria uma tendência de aumento dos óbitos. Segundo a secretaria estadual de Saúde, o Rio já acumula 15.202 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia e mais de 207 mil pessoas infectadas pela doença. Nas últimas 24 horas foram confirmados 1.120 novos casos e 128 óbitos.

Na capital, o aumento da média móvel de óbitos continua acima de 15% pelo terceiro dia consecutivo — a primeira vez desde 5 de junho. Nesta sexta-feira o número subiu 31%, o que indicaria uma tendência de aumento dos óbitos.

Na cidade do Rio, nas últimas 24 horas foram confirmados mil novos casos e 48 novos óbitos. Ao todo a capital acumula 9.175 vítimas fatais e 85.488 pessoas infectadas pelo coornavírus.

Pelo número atual de internações e de óbitos, a cidade deveria estar, de acordo com o painel de indicadores da própria prefeitura na segunda fase de flexibilização, iniciada em 16 de junho, e não na quinta, como agora.

Nesta sexta-feira, também houve aumento na taxa de ocupação dos leitos da rede pública na capital: os quartos de enfermaria tiveram um acréscimo de 10% e o de UTI 2%. Nesta noite, na rede SUS da cidade do Rio há 808 pessoas internadas em leitos especializados para Covid-19, sendo 407 em leitos de UTI.

A prefeitura nega que o Rio esteja em um momento que chamou de “repique de casos da Covid”. Segundo Patrícia Gutman, coordenadora de Vigilância em Saúde da prefeitura do Rio, o aumento dos óbitos nos últimos dias é devido a uma mudança nos critérios da confirmação de mortes, feita pelo Ministério da Saúde no início do mês. Ela explica que grande parte dos óbitos confirmados nos últimos dias são de semanas anteriores.

— Ainda temos mortes de maio e junho que estão passando por revisão, que é mesmo demorada. Muitas vezes é preciso levantar o histórico e o prontuário do paciente. No momento temos 636 óbitos em investigação aqui na cidade e temos até 90 dias para rever.

Ainda segundo o município, o quadro de indicadores de retomada quadro é "observado no ato da mudança de fase no Plano de Retomada. No momento do avanço, esses fatores são avaliados e é tomada a decisão pelo avanço ou pelo adiamento." A prefeitura ainda diz que "os dados são dinâmicos e podem mudar a indicação, sem que haja retrocesso na retomada.".

A análise dos dados foi feita a partir do levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

Os municípios com mais mortes no estado são:

    • Rio de Janeiro – 9.175
    • São Gonçalo – 638
    • Duque de Caxias – 631
    • Nova Iguaçu – 492
    • São João de Meriti – 367
    • Niterói – 342
    • Campos dos Goytacazes – 277
    • Belford Roxo – 245
    • Itaboraí – 187

    As cidades com mais casos confirmados desde o início da pandemia são:

      • Rio de Janeiro – 85.488
      • Niterói – 10.314
      • São Gonçalo – 10.285
      • Duque de Caxias – 7.387
      • Macaé – 6.716
      • Belford Roxo – 6.451
      • Nova Iguaçu – 5.039
      • Volta Redonda – 4.947
      • Angra dos Reis – 4.464
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