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RJ reduziu em 90% emissões de monóxido de carbono em 12 anos

Vistorias dos veículos, inspeção em parceria com o Procon e incentivo ao uso do Gás Natural Veicular contribuíram para a melhora, disse secretário

Poluição: vistorias dos veículos, inspeção em parceria com o Procon e incentivo ao uso do Gás Natural Veicular contribuíram para a melhora, disse secretário (./Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 18h21.

 Com as medidas de controle implantadas desde 2004, as emissões atmosféricas de gases do <a href="https://exame.com.br/topicos/efeito-estufa"><strong>efeito estufa</strong></a>, como monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (Nox), foram reduzidos em até 90% na região metropolitana do <a href="https://exame.com.br/topicos/rio-de-janeiro"><strong>Rio de Janeiro</strong></a>. Os dados estão no segundo Inventário de Emissões Veiculares, lançado hoje (22), em evento no Museu do Amanhã, na Praça Mauá.</p> 

Na comparação com o primeiro inventário, publicado em 2004, as emissões de CO na região diminuíram 90% e as de NOx foram reduzidas em 75%, mesmo com o aumento de vias no levantamento, que passou de 186 para 1.233, e da frota, que era 885.716 em 2004 e agora é de 1.352.561 veículos. Segundo o levantamento, 63% da poluição atmosférica medida vem de automóveis particulares.

De acordo com o secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, medidas adotadas pelo estado, como as vistorias dos veículos, inspeção em parceria com o Procon e incentivo ao uso do Gás Natural Veicular (GNV) contribuíram para a melhora.

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“Nós somos o único estado do país que já há algum tempo faz uma parceria com o Detran, que é o órgão de trânsito, e temos aquelas inspeções, que às vezes as pessoas reclamam um pouco, mas essas inspeções deram resultado e está comprovado hoje, são sados muito significativos”.

Segundo a SEA, medidas adotadas no âmbito federal também contribuíram, como o uso de etanol e o biodiesel, a qualidade do combustível vendido e normas mais rigorosas para a fabricação de veículos. O secretário também destaca a importância da transparência, com a disponibilização dos dados na internet.

“No Brasil é o primeiro inventário de região metropolitana, porque você tem os inventários do Estado inteiro. A nossa tendência é cada vez mais conseguir hierarquizar, com essas quantidades, as avenidas, as ruas. A Avenida Brasil, por exemplo, continua sendo a campeã de poluição na região metropolitana do Rio de Janeiro. Vamos ver se com o BRT vai trazer efeitos positivos”.

Antes do lançamento do inventário, pela manhã, funcionário da SEA e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fizeram um passeio ciclístico da sede do órgão, na Avenida Venezuela, até a Praça Mauá, para comemorar o Dia Mundial sem Carro, lembrado hoje para incentivar o uso de transporte coletivo ou alternativo.

Privatização da Cedae

Sobre a venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), prevista no plano de concessões do governo federal, Corrêa informou que não há outra forma de fazer o saneamento de todo o estado.

“Há um consenso, não há como o Rio de Janeiro avançar na área de saneamento sem a participação da iniciativa privada. Tem vários modelos de você fazer essa parceria. Na área de esgoto é fundamental, o estado não tem o recursos necessários. Só aqui no entorno da Baía de Guanabara são necessário 21 bilhões de reais”.

De acordo com o secretário, os estudos estão avançados e seguem dois modelos, com investimento previsto de cerca de R$ 7 bilhões em 15 anos, em 11 municípios do entorno da baía, para alcançar a cobertura de 80%.

“Um discutindo a parceria público-privada, onde a iniciativa privada cuide do esgoto e da gestão comercial da água, que é o que tá mais adiantado e eu defendo hoje pelos estudos já estarem prontos, porque diante da carência de recursos, o que a gente colocar na rua mais rápido e que traga mais efeito é o melhor. Nada impede que no futuro se discuta algo para complementar. E o outro que seria a concessão geral da parte de distribuição de água da Cedae”.

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