RJ negocia redução no consumo de água com indústrias
Medidas se tornaram necessárias depois que dois reservatórios de abastecimento do Estado atingiram o volume morto devido à seca que atinge a Região Sudeste
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 07h56.
Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro já negocia com grandes empresas a redução no consumo de água por meio da adoção de uma política de reúso, e tem a intenção de criar uma lei para obrigar grandes consumidores, especialmente do setor industrial, a reutilizar o insumo em suas atividades.
As medidas se tornaram necessárias depois que dois reservatórios de abastecimento do Estado --Paraibuna e Santa Branca-- atingiram o volume morto devido à seca que atinge a Região Sudeste.
Informalmente, o Estado já foi comunicado que a vazão do Rio Paraíba do Sul poderia ser reduzida pela Agência Nacional de Águas, de 140 mil litros por segundo para 110 mil litros por segundo. A decisão pode ser tomada até o início de fevereiro pela ANA.
As negociações para a redução do consumo de água estão sendo feitas com empresas de porte, como a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), Gerdau e Furnas.
Essas companhias são abastecidas pelas águas do rio Guandu, um dos principais alimentadores do Rio de Janeiro, e se comprometeram a apresentar projetos alternativos para o uso e captação da água de forma a evitar o racionamento.
"Essas indústrias estão numa posição de maior gravidade, todas compreenderam o momento e decidimos adotar uma política de reúso", disse a jornalistas o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.
A refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, também será convocada a reduzir o consumo e a apresentar alternativas para o uso da água. Uma das propostas é usar água tratada de esgoto na refinaria.
Outra alternativa em discussão para a redução da captação e o reúso é a construção de uma adutora de 14 quilômetros para atender o complexo industrial de Santa Cruz, na zona oeste da capital.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) feita junto a 487 empresas revela que 30,6 por cento delas já enfrentam problemas por conta do baixo nível nos reservatórios de água.
Entre as empresas que foram afetadas, 50,3 por cento afirmam que o principal efeito sentido foi o aumento do custo de produção.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou na quinta-feira a intenção de criar um projeto de lei que estabeleça uma política de reúso de água.
Pezão esteve em Brasília nesta semana discutindo a crise da água com a presidente Dilma Rousseff, e não descartou a possibilidade de adotar medidas de racionamento caso a escassez de chuva no Estado permaneça. Ele frisou, no entanto, que por enquanto não há necessidade de racionar ou sobretaxar consumidores. (Por Rodrigo Viga Gaier)
Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro já negocia com grandes empresas a redução no consumo de água por meio da adoção de uma política de reúso, e tem a intenção de criar uma lei para obrigar grandes consumidores, especialmente do setor industrial, a reutilizar o insumo em suas atividades.
As medidas se tornaram necessárias depois que dois reservatórios de abastecimento do Estado --Paraibuna e Santa Branca-- atingiram o volume morto devido à seca que atinge a Região Sudeste.
Informalmente, o Estado já foi comunicado que a vazão do Rio Paraíba do Sul poderia ser reduzida pela Agência Nacional de Águas, de 140 mil litros por segundo para 110 mil litros por segundo. A decisão pode ser tomada até o início de fevereiro pela ANA.
As negociações para a redução do consumo de água estão sendo feitas com empresas de porte, como a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), Gerdau e Furnas.
Essas companhias são abastecidas pelas águas do rio Guandu, um dos principais alimentadores do Rio de Janeiro, e se comprometeram a apresentar projetos alternativos para o uso e captação da água de forma a evitar o racionamento.
"Essas indústrias estão numa posição de maior gravidade, todas compreenderam o momento e decidimos adotar uma política de reúso", disse a jornalistas o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.
A refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, também será convocada a reduzir o consumo e a apresentar alternativas para o uso da água. Uma das propostas é usar água tratada de esgoto na refinaria.
Outra alternativa em discussão para a redução da captação e o reúso é a construção de uma adutora de 14 quilômetros para atender o complexo industrial de Santa Cruz, na zona oeste da capital.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) feita junto a 487 empresas revela que 30,6 por cento delas já enfrentam problemas por conta do baixo nível nos reservatórios de água.
Entre as empresas que foram afetadas, 50,3 por cento afirmam que o principal efeito sentido foi o aumento do custo de produção.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou na quinta-feira a intenção de criar um projeto de lei que estabeleça uma política de reúso de água.
Pezão esteve em Brasília nesta semana discutindo a crise da água com a presidente Dilma Rousseff, e não descartou a possibilidade de adotar medidas de racionamento caso a escassez de chuva no Estado permaneça. Ele frisou, no entanto, que por enquanto não há necessidade de racionar ou sobretaxar consumidores. (Por Rodrigo Viga Gaier)