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Riotur define mudanças para blocos de rua no carnaval de 2018

Todos os órgãos apresentarão relatórios relativos ao carnaval deste ano para, a partir daí, tomar decisões sobre as festas do ano que vem

Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro (REUTERS/ Ricardo Moraes)

Bloco de Carnaval de rua no Rio de Janeiro (REUTERS/ Ricardo Moraes)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de março de 2017 às 11h55.

A Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) promove na próxima quinta (9) e sexta-feira (10) reunião com órgãos públicos que participam do processo de organização do carnaval, para definir mudanças em relação aos desfiles de blocos de rua em 2018.

Todos os órgãos apresentarão relatórios relativos ao carnaval deste ano para, a partir daí, tomar decisões sobre as festas do ano que vem, segundo o gestor de carnaval da Riotur, Mário Felippo. As modificações são necessárias, disse, porque alguns blocos, entre os quais o Chora Me Liga e A Favorita, tomaram proporção muito grande. Além disso, o trajeto da Barra da Tijuca, na zona oeste, ficou saturado, afirmou o gestor em entrevista à Agência Brasil.

Felippo já passou aos órgãos a incumbência de pensarem em providências a serem tomadas. "E vou receber deles também essas demandas, mas as decisões têm de ser tomadas em conjunto", ressaltou.

Outro problema diz respeito aos blocos não oficiais. O gestor da Riotur afirmou que é preciso ter um controle maior sobre essas agremiações, que não pedem autorização da prefeitura para sair e, segundo ele, colocam em risco a segurança de foliões e da própria cidade.

Muitos blocos não oficiais saem à noite, porque é um horário em que a fiscalização na rua é menor. "E foi até por isso que causou muito transtorno de fechamento de via, de operação de VLT", declarou Felippo.

Responsabilidade

A Riotur monitorou os blocos não oficiais e pretende atribuir responsabilidade aos seus organizadores por seus atos. "A intenção é identificar e responsabilizar essas pessoas, porque a gente tem trâmite legal que tem de ser cumprido", afirmou Mário Felippo. Não há previsão de multar ninguém, segundo o gestor.

O gestor explicou que os blocos podem ser enquadrados como manifestação popular mas, para tal, precisam ter estrutura para atender o público. "Quando eles têm uma interrupção de via, quando causam impacto no ambiente, têm de ser comunicados [previamente à prefeitura]. Eu quero dar responsabilidade a essas pessoas".

Cabe aos órgãos públicos dar a estrutura para quem irá aos blocos, o que inclui efetivo policial, banheiros químicos, ambulância e regulamentação da interdição de vias. "Se as pessoas saem sem oficializar, perde-se essa segurança que os órgãos públicos garantem", afirmou Felippo.

Entre os órgãos públicos que participarão da reunião estão Polícia Militar, Guarda Municipal, Companhia de Engenharia de Tráfego do Município do Rio de Janeiro (CET-Rio).

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