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Rios Tietê e Pinheiros recebem investimento de R$ 233 milhões para nova etapa de despoluição

Expectativa do governo de São Paulo é que os rios estejam despoluídos até 2029

Rio Pinheiros: governo começa uma nova fase do programa (Leandro Fonseca/Exame)

Rio Pinheiros: governo começa uma nova fase do programa (Leandro Fonseca/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 16h55.

Última atualização em 7 de agosto de 2024 às 17h12.

O governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, lançou nesta quarta-feira, 7, uma nova etapa do programa IntegraTietê, que promete despoluir e revitalizar os rios Tietê e Pinheiros

Segundo a secretária Natália Resende, que visitou as obras de desassoreamento em andamento no Rio Pinheiros, serão investidos mais de R$ 233 milhões em novos projetos, além dos R$ 79,5 milhões já destinados ao Pinheiros. Será retirado um volume total de 1 milhão de metros cúbicos de detritos, o equivalente a 71 mil caminhões cheios.

"São 7,5 milhões de pessoas que serão beneficiadas, seja com a despoluição ambiental, seja com o controle de enchentes. Esse é um dos eixos do programa. É um pacote de curto, médio e longo prazo que estamos implementando para melhorar nossos rios", disse Natália nas margens do Pinheiros.

A administração estadual afirma que, em Pirapora do Bom Jesus, no chamado lote zero do IntegraTietê, serão removidos 233,4 mil metros cúbicos de vegetação aquática e detritos flutuantes da barragem localizada no município. Isso equivale a 16 mil caminhões cheios. A intervenção inclui também a remoção de 250 mil metros cúbicos de sujeira e detritos do braço do reservatório (18 mil caminhões). O investimento total está avaliado em R$ 110 milhões.

A expectativa, segundo Resende, é que o projeto como um todo tenha dois marcos, um primeiro em 2026 e outro em 2029. A ideia é que o rio não seja próprio para uso, mas seja mais limpo e com menos odor. Natália afirma que a desestatização da Sabesp vai favorecer esse processo, uma vez que a promessa é que o saneamento esteja universalizado até 2029.

"Rios urbanos não são rios dos quais você vai beber água, devido às suas características próprias. O que queremos até 2029 é que eles tenham uma cor mais límpida, que sejam mais limpos e que apresentem menos odor", explica a secretária.

Rio Pinheiros

No Pinheiros, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) realiza o desassoreamento dos 25 quilômetros do rio, desde a Usina Elevatória de Pedreira, na zona sul da capital, até o encontro com o Rio Tietê.

O atual contrato, iniciado em julho, inclui a remoção de 700 mil metros cúbicos de sedimentos, o equivalente a 50 mil caminhões basculantes cheios.

No ano passado, o governo realizou a maior retirada de sedimentos do Rio Pinheiros desde 2012, com 443 mil metros cúbicos de materiais. Durante a visita, foi possível observar o aspecto turvo das águas, mas o cheiro desagradável do rio pareceu melhor em comparação com os últimos anos.

Além de Resende, a visita contou com a presença de Anderson Esteves, superintendente do DAEE, órgão gestor dos recursos hídricos no estado de São Paulo, e de Marise Grinstein, diretora-presidente da Emae, empresa que opera o Rio Pinheiros e a Usina São Paulo, que será requalificada.

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