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Rio tem maior taxa de mortes por policiais, diz estudo

Estado viu crescer índices e teve a quarta maior taxa de crescimento a cada 100 mil habitantes de "crimes violentos letais intencionais"


	Policiais no Morro da Mangueira, Rio de Janeiro: estado tem a maior taxa de pessoas mortas por policias
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Policiais no Morro da Mangueira, Rio de Janeiro: estado tem a maior taxa de pessoas mortas por policias (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 18h01.

Rio - O Rio teve em 2013 a maior taxa de pessoas mortas por policias civis e militares em serviço (auto de resistência) de todos os Estados brasileiros, de acordo com a 8ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Enquanto outros governos conseguiram reduzir os números, o do Rio viu crescer índices e teve a quarta maior taxa de crescimento a cada 100 mil habitantes de "crimes violentos letais intencionais", que incluem os casos de homicídio doloso (com intenção de matar), latrocínio e lesão corporal seguida de morte.

Com 15% de aumento entre 2012 e 2013 (a taxa passou de 26,1 casos em 2012 para 30,1 em 2013), o Rio só ficou atrás de Rio Grande do Norte (102,4% a mais), Roraima (46%) e Ceará (16,2%).

Em números absolutos de "crimes violentos letais intencionais", o Rio ficou em terceiro, com 4.928 casos em 2013, atrás de Bahia, com 5.708, e São Paulo, com 5.119 registros de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.

Em relação aos autos de resistência, os policiais fluminenses mataram no ano passado 2,5 pessoas a cada 100 mil. Em seguida, aparecem Bahia (2,1), Pará (1,9), São Paulo (1,5) e Paraná (1,4).

A média nacional ficou em 1,1. Em números absolutos, as polícias paulistas mataram mais no ano passado: 635, ante 416 dos fluminenses e 313 dos agentes baianos.

Os governos de São Paulo e Rio também lideram o volume de investimentos em segurança pública em 2013: R$ 9,3 bilhões dos paulistas e R$ 7 bi dos fluminenses. O governo da Paraíba está em último: R$ 52 milhões.

Apesar do montante, o Rio é apenas o 21º nos investimentos em "informação e inteligência": só R$ 16,5 mil em 2013, uma queda de 13% em relação ao ano anterior. São Paulo foi o Estado que mais investiu na área: R$ 320 mil.

O governo fluminense, entretanto, é um dos cinco que proporcionalmente mais gastaram em segurança, em relação às demais despesas do Estado.

Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança informou que, "desde 2008, o primeiro ano de implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, os registros de homicídios decorrentes de intervenção policial diminuíram progressivamente".

Este ano, entretanto, conforme o Estado mostrou em agosto (por meio de dados oficiais), o número de mortos em alegados confrontos com policiais no Rio voltou a subir no primeiro semestre de 2014, após cinco anos em queda.

"Os índices de criminalidade em todas as regiões do Rio são acompanhados com atenção pela secretaria, que trata como prioridade a redução de indicadores estratégicos de letalidade violenta (homicídios dolosos, lesão corporal seguida de morte, homicídios decorrente de intervenção policial e latrocínio)", informou a secretaria.

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