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Em protesto na Central do Brasil, centenas pulam catracas

Centenas de pessoas pularam as roletas da estação ferroviária durante ato contra o aumento das passagens no Rio de Janeiro

Estação Central do Brasil: Black blocs organizavam filas de calote dentro da estação, convencendo passageiros a deixar os guichês superlotados da Supervia (Thyristorchopper/ Wikimwdia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 21h29.

Rio - Aos gritos de "Ei, Fifa, paga a minha tarifa", centenas de pessoas pularam as roletas da estação ferroviária Central do Brasil na noite desta terça-feira, 28, durante ato contra o aumento das passagens organizado pelo movimento Passe Livre do Rio. Policiais militares acompanharam de perto, sem interferir.

O protesto foi pacífico. Black blocs organizavam filas de calote dentro da estação, convencendo passageiros a deixar os guichês superlotados da Supervia, concessionária responsável pelo acidente que parou a cidade há uma semana. Grande parte aderiu. Rapidamente a enorme fila de pagantes se desfez e muitos seguiram a orientação da multidão eufórica: "Pula que é de graça!"

Além dos cerca de 300 manifestantes que chegaram à Central após passeata pela Avenida Presidente Vargas, no centro, pelos menos mais 150 pessoas pularam ou passaram por baixo das roletas. As catracas da principal estação ferroviária do Rio foram tomadas pouco depois das 19h, quando o movimento era intenso.

Algumas pessoas não entendiam o que estava acontecendo. Uma mulher chegou a perguntar ao major que comandava os policiais se podia mesmo passar sem pagar. "Aí é com a senhora", respondeu o policial. Ela se afastou um pouco dele e pulou. Nem precisava. Passageiros pulavam na frente dos policiais. "Não vai ter Copa nem aumento", gritavam em coro os manifestantes, do outro lado das roletas.

Seguranças da Supervia, controlada pela Odebrecht, desistiram de tentar controlar a multidão. O major afirmou que a PM não iria interferir: "Não fomos solicitados pela concessionária." Só pagou quem fez muita questão. "Não é nem pelos R$ 2,90 da passagem, mas pela sacanagem que fazem com o trabalhador", disse, após pular a roleta, o funcionário público Fernando Antônio dos Santos, que aderiu ao protesto. Ele mora em Realengo, na zona oeste, e trabalha no centro.

"Aqui ninguém respeita a gente. A passagem não é barata e o trem não tem ar-condicionado. Quando quebra, além de não avisar nada ainda ficam rindo", disse Santos, referindo-se ao secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, fotografado dando uma gargalhada durante vistoria realizada após o acidente da semana passada. Está previsto para fevereiro um aumento das passagens de trem no Rio, que hoje custam R$ 2,90.

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O protesto foi pacífico. Black blocs organizavam filas de calote dentro da estação, convencendo passageiros a deixar os guichês superlotados da Supervia, concessionária responsável pelo acidente que parou a cidade há uma semana. Grande parte aderiu. Rapidamente a enorme fila de pagantes se desfez e muitos seguiram a orientação da multidão eufórica: "Pula que é de graça!"

Além dos cerca de 300 manifestantes que chegaram à Central após passeata pela Avenida Presidente Vargas, no centro, pelos menos mais 150 pessoas pularam ou passaram por baixo das roletas. As catracas da principal estação ferroviária do Rio foram tomadas pouco depois das 19h, quando o movimento era intenso.

Algumas pessoas não entendiam o que estava acontecendo. Uma mulher chegou a perguntar ao major que comandava os policiais se podia mesmo passar sem pagar. "Aí é com a senhora", respondeu o policial. Ela se afastou um pouco dele e pulou. Nem precisava. Passageiros pulavam na frente dos policiais. "Não vai ter Copa nem aumento", gritavam em coro os manifestantes, do outro lado das roletas.

Seguranças da Supervia, controlada pela Odebrecht, desistiram de tentar controlar a multidão. O major afirmou que a PM não iria interferir: "Não fomos solicitados pela concessionária." Só pagou quem fez muita questão. "Não é nem pelos R$ 2,90 da passagem, mas pela sacanagem que fazem com o trabalhador", disse, após pular a roleta, o funcionário público Fernando Antônio dos Santos, que aderiu ao protesto. Ele mora em Realengo, na zona oeste, e trabalha no centro.

"Aqui ninguém respeita a gente. A passagem não é barata e o trem não tem ar-condicionado. Quando quebra, além de não avisar nada ainda ficam rindo", disse Santos, referindo-se ao secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, fotografado dando uma gargalhada durante vistoria realizada após o acidente da semana passada. Está previsto para fevereiro um aumento das passagens de trem no Rio, que hoje custam R$ 2,90.

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