Rio desiste de demolir museu vizinho ao Maracanã
Governo pretendia demolir o prédio do antigo Museu do Índio para construir estacionamentos e centro de compras ao lado do estádio do Maracanã
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio - O governador do Rio, Sérgio Cabral, voltou atrás da decisão de demolir o prédio do antigo Museu do Índio, vizinho ao estádio do Maracanã, na zona norte da cidade. Cabral confirmou nesta segunda-feira que trabalhará para o tombamento e restauro do prédio, construído em 1862. No último sábado, a Defensoria Pública do Estado conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio impedindo a demolição do prédio e estipulando uma multa de R$ 60 milhões caso o governo descumprisse a decisão.
O plano inicial do governador era demolir o prédio para construir uma área de estacionamentos e um centro de compras anexo ao complexo do Maracanã. O espaço seria cedido à iniciativa privada, que administrará o estádio após a Copa do Mundo de 2014. Sérgio Cabral chegou a alegar que a Fifa havia exigido a demolição do espaço para garantir a mobilidade dos torcedores no acesso aos jogos, o que foi negado pela entidade.
O prédio é ocupado desde 2006 por 23 famílias indígenas que desejam transformar o espaço em um centro cultural. O edifício foi destinado à causa indígena desde 1865, quando foi sede do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão que deu origem à Funai. No local também funcionaram escritórios do Marechal Rondon e Darcy Ribeiro, personalidades políticas ligadas à questão indígena. Ribeiro transformou o espaço, em 1953, em museu, que posteriormente, em 1978, foi transferido para um casarão em Botafogo, na zona sul. Desde então o prédio foi abandonado.
Apesar do valor histórico e cultural para os povos indígenas, o prédio não era tombado pelos órgãos municipal, estadual ou federal de preservação do patrimônio. Nos últimos meses, após o anúncio do projeto de demolição do prédio, os órgãos emitiram pareceres contrários à decisão e favoráveis ao tombamento. Apesar dos pareceres, o governo do Rio manteve o projeto de demolição, o que gerou polêmica entre ativistas da questão indígena.
Na última semana, a ministra da Cultura Marta Suplicy ligou para o governador e sugeriu que o prédio não fosse demolido em função de um parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O parecer considerava que o prédio tinha valor histórico não apenas pelas características arquitetônicas mas também pelo valor cultural para a identidade indígena.
Rio - O governador do Rio, Sérgio Cabral, voltou atrás da decisão de demolir o prédio do antigo Museu do Índio, vizinho ao estádio do Maracanã, na zona norte da cidade. Cabral confirmou nesta segunda-feira que trabalhará para o tombamento e restauro do prédio, construído em 1862. No último sábado, a Defensoria Pública do Estado conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio impedindo a demolição do prédio e estipulando uma multa de R$ 60 milhões caso o governo descumprisse a decisão.
O plano inicial do governador era demolir o prédio para construir uma área de estacionamentos e um centro de compras anexo ao complexo do Maracanã. O espaço seria cedido à iniciativa privada, que administrará o estádio após a Copa do Mundo de 2014. Sérgio Cabral chegou a alegar que a Fifa havia exigido a demolição do espaço para garantir a mobilidade dos torcedores no acesso aos jogos, o que foi negado pela entidade.
O prédio é ocupado desde 2006 por 23 famílias indígenas que desejam transformar o espaço em um centro cultural. O edifício foi destinado à causa indígena desde 1865, quando foi sede do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão que deu origem à Funai. No local também funcionaram escritórios do Marechal Rondon e Darcy Ribeiro, personalidades políticas ligadas à questão indígena. Ribeiro transformou o espaço, em 1953, em museu, que posteriormente, em 1978, foi transferido para um casarão em Botafogo, na zona sul. Desde então o prédio foi abandonado.
Apesar do valor histórico e cultural para os povos indígenas, o prédio não era tombado pelos órgãos municipal, estadual ou federal de preservação do patrimônio. Nos últimos meses, após o anúncio do projeto de demolição do prédio, os órgãos emitiram pareceres contrários à decisão e favoráveis ao tombamento. Apesar dos pareceres, o governo do Rio manteve o projeto de demolição, o que gerou polêmica entre ativistas da questão indígena.
Na última semana, a ministra da Cultura Marta Suplicy ligou para o governador e sugeriu que o prédio não fosse demolido em função de um parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O parecer considerava que o prédio tinha valor histórico não apenas pelas características arquitetônicas mas também pelo valor cultural para a identidade indígena.