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Rio de Janeiro receberá investimentos de US$ 102 bilhões em 3 anos

Trata-se de um dos maiores volumes de investimentos recebidos por uma região no mundo todo atualmente, disse o governador Sérgio Cabral em coletiva à correspondentes internacionais

O mundo de olho no Rio de Janeiro  (Wikimedia Commons)

O mundo de olho no Rio de Janeiro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 18h57.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro receberá até 2014 um recorde de US$ 102 bilhões em investimentos em projetos produtivos graças a sua riqueza petrolífera e aos grandes eventos esportivos que serão realizados no estado, afirmou nesta sexta-feira o governador Sérgio Cabral.

"Trata-se de um dos maiores volumes de investimentos recebidos por uma região no mundo todo atualmente", disse Cabral em uma entrevista concedida a correspondentes estrangeiros na qual citou os investimentos previstos tanto para a exploração das gigantescas reservas petrolíferas do estado, como para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

"Nos últimos meses, minha agenda foi conversar todos os dias com empresários interessados em investir no Rio de Janeiro. Ontem, conversei com Ivanka Trump (vice-presidente do grupo Trump) sobre sua intenção de construir um hotel e até um centro comercial no Rio de Janeiro e na quarta-feira estive com os diretores da Rolls Royce falando sobre investimentos", afirmou.

Segundo Cabral, o terceiro estado mais povoado do Brasil é o que mais se beneficiou do protagonismo alcançado pelo país em nível internacional nos últimos anos, bem como do forte crescimento da economia brasileira na atualidade.

"No ano passado, nos transformamos na primeira administração regional da América Latina a receber o grau de investimento por parte da (agência de classificação de risco) Standard & Poor's e agora estamos reivindicando a mesma nota da Moody's", afirmou.

O governador admitiu que cerca da metade dos bilionários investimentos que o estado receberá nos próximos três anos está destinado à exploração das gigantescas reservas de petróleo descobertas em águas muito profundas do oceano Atlântico, o chamado pré-sal.

No entanto, Cabral esclareceu que grande parte desses investimentos será destinada a novos pólos siderúrgicos montados ou em construção no estado e às obras necessárias para os eventos esportivos sediados no Rio de Janeiro.

Além disso, tanto a construção naval como a petroquímica serão beneficiadas, já que o estado construirá algumas das embarcações e plataformas que serão utilizadas para extrair a matéria-prima do fundo do mar, além de processar parte dela.

"A Petrobras está construindo em nosso estado o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que será um dos maiores pólos petroquímicos do mundo", afirmou Cabral.

O governador também citou o Porto do Açu, um complexo industrial que o empresário Eike Batista está construindo no litoral norte do Rio de Janeiro e que contará com um dos maiores portos do país e várias indústrias, entre elas duas gigantescas siderúrgicas, uma das quais do grupo chinês Wisco.

Segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Governo Federal, o Rio de Janeiro foi o destino de 20% dos investimentos produtivos de US$ 37,100 bilhões realizados por empresas chinesas no Brasil nos últimos oito anos.

Cabral destacou que o Rio de Janeiro pode se transformar nos próximos anos em um dos maiores pólos mundiais de pesquisa em petróleo, energia e siderurgia devido à decisão de grandes multinacionais de instalar centros internacionais de pesquisa no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Entre elas estão British Gas, General Electric, Schlumberger, FMC Technologies, Baker Hughes Halliburton e Repsol.

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