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Rio anuncia nova tarifa de transporte, mas amplia benefícios

Usuários que tem o cartão Bilhete Único Intermunicipal continuarão pagando o preço sem aumento de trens e metrô


	Metrô do Rio: bilhete dos trens subirá de R$ 2,90 para R$ 3,20 e o de metrô de R$ 3,20 para R$ 3,50; governo estadual coloca em vigor as tarifas sociais, que são mais baixas, para os modais
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Metrô do Rio: bilhete dos trens subirá de R$ 2,90 para R$ 3,20 e o de metrô de R$ 3,20 para R$ 3,50; governo estadual coloca em vigor as tarifas sociais, que são mais baixas, para os modais (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 15h57.

Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro anunciou hoje (18) reajustes das tarifas de trens e metrô. Publicado no Diário Oficial do estado, o aumento sai no mesmo dia em que o governo estadual coloca em vigor as tarifas sociais, que são mais baixas, para os modais. Com isso, os usuários que tem o cartão Bilhete Único Intermunicipal continuarão pagando o preço sem aumento.

Previsto para começar a valer em 60 dias, o bilhete dos trens subirá de R$ 2,90 para R$ 3,20 e o de metrô de R$ 3,20 para R$ 3,50. O reajuste se baseou no aumento da inflação e estava previsto nos contratos com as concessionárias, segundo a agência reguladora. Com os preços congelados desde as manifestações de meados de 2013, esta é a primeira tentativa do governo de elevar as tarifas.

Para diminuir o impacto sobre o usuário, paralelamente ao anúncio do aumento das tarifas, o governo confirmou que os portadores do Bilhete Único vão pagar o preço antigo. O cartão é emitido sem custos por agências cadastradas e recebe o pagamento antecipado, com direito a pegar mais de um modal. Quem comprar com dinheiro, nos guichês, paga a tarifa nova.

Segundo a Casa Civil, a decisão é de “subsidiar as concessionárias para que o aumento não seja repassado ao usuário”. No entanto, na avaliação do Movimento Passe Livre (MPL), que organizou protestos ao longo de 2013 e no início deste ano pela universalização do transporte público, a decisão “engana” o usuário.

Segundo o ativista José de Abraão, o governo subsidia os transportes com a redução de impostos de energia elétrica e de combustível, por exemplo, mas não garante contrapartidas e acesso universal. "Defendemos que todos possam usar o sistema", disse.

O Passe Livre também questiona o reajuste das tarifas no mesmo momento em que há aumento de usuários, como no metrô. “Com o caos no centro do Rio, é notável o aumento de passageiros no metrô”, disse Abraão. “Mas com o reajuste para quem não tem cartão, que é uma parcela considerável e com mais pagantes, quem ganha mais: o trabalhador ou o empresário?”

A concessionária de metrô no Rio confirmou aumento de 738 mil passageiros por dia, entre dezembro e janeiro, para 800 mil, em fevereiro. No período, o sistema sofreu interrupções por uma série de falhas. A mais recente, na semana passada, na estação de energia, está sendo investigada pela agência reguladora. Na última semana, os trens da SuperVia descarrilaram pelo menos duas vezes. Em janeiro, a concessionário sofreu um colapso por mais de dez horas no serviço.

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