Rio amplia rede de laboratórios para detectar zika
Atualmente, a secretaria acompanha 5.660 grávidas com manchas vermelhas no corpo
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2016 às 17h59.
Rio - A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro vai ampliar a rede de laboratórios para detecção de zika .
Dois laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Hospital Universitário Gafrée e Guinle, ligado à Universidade do Rio de Janeiro, passarão a fazer os testes.
Hoje, a secretaria acompanha 5.660 grávidas com manchas vermelhas no corpo. Os exames de 235 deram positivo para zika.
"O desafio é ampliar a rede de diagnóstico para agilizar o tempo de retorno dos resultados. Recebemos em torno de 400 amostras por dia e o Laboratório Central (Lacen) tem capacidade de fazer entre 160 e 200 testes. O grande problema é ampliar a capacidade de exames por biologia molecular", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe.
Além do Lacen, a Fundação Oswaldo Cruz faz esse tipo de exame, com capacidade para 400 exames para o dia. Mas a instituição também é referência para outros Estados.
Os laboratórios vão receber amostras de sangue de grávidas, de casos graves neurológicos e de recém-nascidos com suspeita de síndrome congênita. "Há relatos de encontro de vírus no líquor do bebê", explicou Chieppe.
Desde o início do ano, o Estado confirmou apenas dois casos de microcefalia associados à zika. Outros 289 estão sob investigação. Dos 289 casos em investigação, 231 são de bebês já nascidos e os outros 52 são referentes ao período intrauterino.
Em seis casos, não há esta informação no prontuário. Do total de casos investigados, 98 mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez.
A secretaria de Estado de Saúde iniciou programa de atendimento a essas mães no Instituto Estadual do Cérebro. As mulheres grávidas de bebês com suspeita de microcefalia serão acompanhadas desde a gestação.
As crianças nascidas com a má-formação estão passando por exames e consultas com diferentes especialistas.
"Pelo que a gente está vendo parte significativa é microcefalia. O principal objetivo é correlacionar microcefalia à zika. E isso não é simples. Todas as crianças estão passando por tomografia, vão refazer exames.
Estamos tendo muito cuidado para fechar o diagnóstico. Pelo menos 20 crianças foram atendidas. Já na semana que vem teremos confirmação e descarte de alguns casos, já levando em conta a mudança de critérios do Ministério da Saúde", afirmou Chieppe.
O Estado também informou que registrou 50 casos suspeitos de Síndrome de Guillain-Barré, desde julho de 2015.
Destes, 21 casos apresentam relato de manchas vermelhas na pele e seguem em investigação; 17 casos aguardam resultados de exames laboratoriais. Outros nove casos foram confirmados que a paralisia ocorre depois de infecção por vírus da zika.
Três casos foram descartados por não possuírem quadro clínico compatível.
Rio - A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro vai ampliar a rede de laboratórios para detecção de zika .
Dois laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Hospital Universitário Gafrée e Guinle, ligado à Universidade do Rio de Janeiro, passarão a fazer os testes.
Hoje, a secretaria acompanha 5.660 grávidas com manchas vermelhas no corpo. Os exames de 235 deram positivo para zika.
"O desafio é ampliar a rede de diagnóstico para agilizar o tempo de retorno dos resultados. Recebemos em torno de 400 amostras por dia e o Laboratório Central (Lacen) tem capacidade de fazer entre 160 e 200 testes. O grande problema é ampliar a capacidade de exames por biologia molecular", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe.
Além do Lacen, a Fundação Oswaldo Cruz faz esse tipo de exame, com capacidade para 400 exames para o dia. Mas a instituição também é referência para outros Estados.
Os laboratórios vão receber amostras de sangue de grávidas, de casos graves neurológicos e de recém-nascidos com suspeita de síndrome congênita. "Há relatos de encontro de vírus no líquor do bebê", explicou Chieppe.
Desde o início do ano, o Estado confirmou apenas dois casos de microcefalia associados à zika. Outros 289 estão sob investigação. Dos 289 casos em investigação, 231 são de bebês já nascidos e os outros 52 são referentes ao período intrauterino.
Em seis casos, não há esta informação no prontuário. Do total de casos investigados, 98 mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez.
A secretaria de Estado de Saúde iniciou programa de atendimento a essas mães no Instituto Estadual do Cérebro. As mulheres grávidas de bebês com suspeita de microcefalia serão acompanhadas desde a gestação.
As crianças nascidas com a má-formação estão passando por exames e consultas com diferentes especialistas.
"Pelo que a gente está vendo parte significativa é microcefalia. O principal objetivo é correlacionar microcefalia à zika. E isso não é simples. Todas as crianças estão passando por tomografia, vão refazer exames.
Estamos tendo muito cuidado para fechar o diagnóstico. Pelo menos 20 crianças foram atendidas. Já na semana que vem teremos confirmação e descarte de alguns casos, já levando em conta a mudança de critérios do Ministério da Saúde", afirmou Chieppe.
O Estado também informou que registrou 50 casos suspeitos de Síndrome de Guillain-Barré, desde julho de 2015.
Destes, 21 casos apresentam relato de manchas vermelhas na pele e seguem em investigação; 17 casos aguardam resultados de exames laboratoriais. Outros nove casos foram confirmados que a paralisia ocorre depois de infecção por vírus da zika.
Três casos foram descartados por não possuírem quadro clínico compatível.