Brasil

Rio-2016 precisa de R$ 200 milhões para Jogos Paralímpicos

O porta-voz do órgão, Mario Andrada, reconheceu o déficit no orçamento, que atribuiu à falta de receita por vendas de ingressos e por patrocínios


	Rio-2016: dos 2,3 milhões de ingressos para os Jogos Paralímpicos foram vendidos apenas 300 mil
 (Getty Images)

Rio-2016: dos 2,3 milhões de ingressos para os Jogos Paralímpicos foram vendidos apenas 300 mil (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 14h39.

Rio de Janeiro - O Comitê Organizador do Rio 2016 precisa de R$ 200 milhões para realizar os Jogos Paralímpicos com o "nível de serviços" com os quais se comprometeu.

O porta-voz do órgão, Mario Andrada, reconheceu nesta quinta-feira o déficit no orçamento, que atribuiu à falta de receita por vendas de ingressos e por patrocínios.

"A razão pela qual pegamos dinheiro (dos Jogos Olímpicos) é porque a venda de ingressos e patrocínios não foram como esperávamos", comentou o porta-voz

Dos 2,3 milhões de ingressos para os Jogos Paralímpicos foram vendidos apenas 300 mil. O fato de mais de 9 mil entradas terem sido compradas depois de um anúncio feito pelo Rio 2016, porém, permite aos organizadores pensar que os números melhorarão.

A Justiça retirou o veto recentemente imposto que impedia que o comitê de receber repasses públicos para ajudar a organização dos Jogos. "O dinheiro que nos foi repassado será utilizado em serviços, sobretudo para os atletas, seus deslocamentos, sua alimentação e para oferecer tudo do melhor", disse Andrada.

"Organizar em plena crise o evento sem recursos públicos é um marco histórico do qual nos orgulhamos. Mas a baixa venda de ingressos e os patrocínios criaram um certo problema para nós. Se contarmos com a ajuda do governo, e após organizar os Jogos Olímpicos sem dinheiro público, faremos os Paralímpicos de forma magnífica", disse o porta-voz do Rio 2016.

Os organizadores tinham dito ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que 25% dos ingressos para os Jogos Paralímpicos já tinham sido vendidos. A queda para 12% corresponde, segundo Andrada, ao fato de que a Prefeitura tinha se comprometido a comprar um pacote para os funcionários municipais. A Justiça cancelou a medida por considerá-la como eleitoreira.

Sobre a presença do público em muitas das competições olímpicas, Andrada afirmou que 11% das pessoas que tinham ingressos não os utilizou até o momento. Além disso, não retiraram suas entradas 55% dos beneficiados de um programa social de ingressos para crianças

Andrada voltou a lamentar as vaias da torcida brasileira aos rivais, mas os considerou inevitáveis: "Nos entristece, mas faz parte de nossa cultura". 

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesJogos ParalímpicosMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasPatrocínioRio de Janeiro

Mais de Brasil

Pacheco afirma que projeto sobre transparência de emendas será aprovado até o fim de novembro

Defesa Civil alerta para chuva intensa em SP com raios e ventos até 70 km/h

CRV digital: o que é e como baixar o documento

Delegado da Polícia Federal é nomeado como Secretário-Geral da Interpol