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Ricardo Salles e Ministério do Meio Ambiente são alvos de operação da PF

Operação apura crimes de corrupção contra a administração pública e facilitação de contrabando por agentes públicos e empresários do setor madeireiro

A operação, batizada de Akuandaba, foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes (Leandro Fonseca/Exame)

Isabela Rovaroto

Publicado em 19 de maio de 2021 às 07h47.

Última atualização em 19 de maio de 2021 às 09h02.

A Polícia Federal lançou nesta quarta-feira, 19, uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro Ricardo Salles e ao Ministério do Meio Ambiente. A operação, batizada de Akuandaba, foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A Polícia Federal (PF) começou a operação logo cedo. Os agentes da PF estão cumprindo 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará.

A operação apura crimes contra a administração pública (corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando) praticados por agentes públicos e empresários dosetor madeireiro.

Moraes também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles, o afastamento preventivo do presidente do Ibama, Eduardo Bim, e de outros nove agentes públicos que trabalham no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente. Também foi suspensa a eficácia de um decreto de 2020, do Ibama, que dispensava a necessidade de autorizações para a exportação de produtos florestais, de acordo com a PF.

As investigações foram iniciadas em janeiro a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras apontando possível desvio de conduta de servidores no processo de exportação de madeira.

Salles já era alvo de um pedido de investigação no âmbito do STF por crimes ligados à venda ilegal de madeira, na qual foi apontado pela PF como defensor dos madeireiros. De acordo com o que foi apurado na investigação, Salles chegaria a respaldar documentos supostamente fraudados de aquisição de madeira.

O pedido de investigação, protocolado e abril, foi feito pelo então superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, que acabou sendo demitido.

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