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Reunião sobre greve no IBGE termina sem acordo

De acordo com a presidenta do instituto, Wasmália Bivar, o trabalho ainda não tem prazo para começar


	Manifestação dos funcionários do IBGE: eles pedem readmissão de 181 trabalhadores temporários
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Manifestação dos funcionários do IBGE: eles pedem readmissão de 181 trabalhadores temporários (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 20h59.

Rio de Janeiro - Após reunião de três horas entre representantes dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério do Planejamento e da diretoria do órgão, não houve acordo para por fim à greve da categoria, que já dura 73 dias.

Os servidores pedem a readmissão dos 181 trabalhadores temporários que não tiveram o contrato renovado durante a greve, mas a direção afirma que houve um questionamento jurídico sobre a falta deles ao trabalho e agora o processo está na Justiça.

Na reunião, ficou acertado que serão montados dois grupos de trabalho paritários, cada um com quatro funcionários indicados pela direção do IBGE e quatro indicados pela direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge).

De acordo com a presidenta do instituto, Wasmália Bivar, o trabalho ainda não tem prazo para começar.

“O objetivo é formular um projeto para a carreia do IBGE, discutindo uma aproximação ou migração para a carreia de gestão. Existe uma convergência do pensamento da direção do IBGE e do sindicato nessa questão”, avaliou.

“O outro grupo vai discutir a questão dos temporários, o sindicato acha que não devia haver temporários, mas a direção do IBGE acha que tem que ter, porque permite flexibilidade para atender às demandas da sociedade. Hoje tem um número maior de temporários do que deveria ter com relação aos permanentes, então, vai ser feito o estudo para definir as funções do [trabalhador] temporário dentro do IBGE, para cumprir as atribuições e o que é hoje e missão institucional do IBGE”, acrescentou a presidenta.

Segundo Wasmália, o salário de nível superior em fim de carreira no IBGE está defasado 67% em relação ao do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), instituto que faz trabalho semelhante ao do IBGE.

O secretário de relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que, nos últimos 12 anos, muitas carreiras foram reestruturadas dentro do governo federal, inclusive as do IBGE, mas que o ministério está disposto a discutir a questão.

“O Planejamento lida com isso cotidianamente. Nós vamos olhar essa proposta com cuidado, mas certamente é uma decisão que ficará para o próximo governo”, ponderou.

A diretora da Assibge, Ana Magni, informou que a direção do sindicato vai se reunir amanhã (7) para avaliar a reunião e definir um posicionamento para a categoria levar às assembleias regionais.

“Nós vamos fazer a avaliação, mas a reunião terminou em um impasse. A direção se nega a negociar a questão dos demitidos, que para nós é o ponto principal da greve nesse momento”.

A presidenta do IBGE se mostrou otimista com o fim da greve e informou que um balanço das pesquisas prejudicadas no período deve ser apresentado na próxima semana.

Mas, de acordo com ela, os levantamentos mais atrasados são a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua em seis estados.

As pesquisas conjunturais do IBGE não deixaram de ser feitas por causa da paralisação.

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