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Reunião de Lula com Dilma será no Palácio do Alvorada

Segundo fontes, o governo já tem desde a tarde desta terça-feira uma nota pronta com a formalização sobre Lula comandar ministério


	Lula e Dilma: o ex-presidente deve afirmar pessoalmente à sua sucessora que aceitará o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula e Dilma: o ex-presidente deve afirmar pessoalmente à sua sucessora que aceitará o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 19h16.

Brasília - Apesar da expectativa para o encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a presidente Dilma Rousseff, para que seja feito o anúncio de sua vinda para o governo, a reunião dos dois não será no Palácio do Planalto, mas no Alvorada, residência oficial da presidente.

Lula deve afirmar pessoalmente à sua sucessora que aceitará o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo no lugar de Ricardo Berzoini.

Lula já está em Brasília e, neste momento, se encontra no Hotel Blue Tree, que fica ao lado do Alvorada.

Dilma, que já deixou Palácio do Planalto rumo ao Palácio da Alvorada, estava reunida há pouco com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, aguardando a chegada do ministro-chefe da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo para novas conversas.

A previsão é que o encontro com Lula acontece depois das 19 horas.

Dilma estava "inconformada" e "muito irritada" com o envolvimento do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no episódio narrado pelo senador Delcídio Amaral.

O ponto que está sendo considerado mais delicado pelo governo da delação foi a afirmação de que Mercadante faria gestões junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para ajudar Delcídio.

"Como ele disse uma coisa dessas, ainda mais depois de o Delcídio ser preso por causa disso", observou um assessor palaciano." Ele foi imaturo", comentou.

A nota divulgada por Dilma, há pouco, dizendo que repudia, com veemência e indignação, a tentativa de envolvimento de seu nome na "iniciativa pessoal" do ministro da Educação, está sendo entendida como se ele estivesse sendo rifado pela presidente.

Apesar do total descontentamento de Dilma com o ministro, não há nenhum sinal, pelo menos por enquanto, de que ele possa deixar o governo.

Desde que aceitou hoje o convite, Lula afirmou a interlocutores que somente a conversa "olho no olho" com Dilma é que permitiria o anúncio oficial.

Segundo fontes, o governo já tem desde a tarde desta terça-feira uma nota pronta com a formalização.

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