Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram em 7 de outubro no sul do país (Joédson Alves/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 1 de novembro de 2023 às 18h45.
Última atualização em 1 de novembro de 2023 às 19h12.
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino de Carvalho Neto, disse que o processo de retirada de todos os estrangeiros que estão na Faixa de Gaza e tentam sair da área de conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas deve durar duas semanas.
Ele relatou ter ouvido essa estimativa de autoridades egípcias, tendo em vista que a previsão é de passagem de até 500 pessoas por dia na fronteira.
"A expectativa egípcia é que o processo dure duas semanas, porque disseram que não há como tirar mais de 500 pessoas por dia da zona de guerra. Podemos receber um telefonema a qualquer momento dizendo que os nacionais do países A, B e C podem sair", afirmou o diplomata.
Desde o início da crise no Oriente Médio, milhares de estrangeiros, incluindo cerca de 30 cidadãos do Brasil, esperam a abertura da fronteira de Gaza com o Egito para serem repatriados. Nesta quarta-feira, o posto foi aberto para nacionais Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão, República Tcheca, além de funcionários da Cruz Vermelha e ONGs e palestinos gravemente feridos. Os brasileiros ficaram de fora.
"Existe a expectativa de uma nova lista com brasileiros sair até sexta-feira, mas não sei se ela poderá ser cumprida", afirmou o embaixador.
Segundo o diplomata, a retirada de brasileiros não depende do Brasil, e sim de autoridades israelenses e egípcias. Carvalho lembrou que também estão na mesma situação de cidadãos do mundo inteiro, como chineses, americanos e noruegueses.
Enquanto os brasileiros aguardam uma saída em Gaza, um outro grupo de 32 nacionais, que estavam na Cisjordânia, foram resgatados pelo governo federal, nesta quarta-feira. São 12 homens, nove mulheres e 11 crianças que desembarcam no Brasil nesta quinta-feira.