Resultado do julgamento do TSE abre terreno perigoso, diz Marina
Ex-senadora diz que defendia cassação da chapa Dilma-Temer desde 2015 e que absolvição aprofunda a descrença da sociedade nas instituições
Claudia Gasparini
Publicado em 10 de junho de 2017 às 16h34.
São Paulo - A ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou em sua conta oficial no Facebook que a absolvição da chapa Dilma-Temer pelos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi um “fatídico resultado” de um "ciclo cínico" e que a “esperança de ver nosso país trilhando novos caminhos (...) está sendo colocada à prova”.
Segundo a candidata derrotada no 1º turno da eleição para presidente em 2014, a decisão coloca o país “frente ao terreno perigoso do aprofundamento da descrença da sociedade em relação às instituições”.
Marina elogiou o trabalho do relator Herman Benjamin, do ministro Luiz Fux, da ministra Rosa Weber e do vice-procurador Nicolao Dino, mas disse que os votos de Gilmar Mendes, Tarcisio Vieira, Admar Gonzaga e Napoleão Maia absolveram o que ela chama de “fraude pelo abuso do poder político e econômico".
A ex-ministra também destacou que defendia desde dezembro de 2015 a cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) "como a melhor saída para a grave crise política, econômica, social e ética que o país vive".
“A negação, pela Justiça Eleitoral, do uso de dinheiro da corrupção para eleição da chapa Dilma-Temer impõe obstáculos ao restabelecimento da soberania popular – pressuposto fundamental de nossa Constituição – que foi influenciada ilicitamente no último pleito”, escreveu Marina.
No último sábado (3), a ex-senadora foi internada após sentir fortes dores na região abdominal, e teve alta após ficar seis dias no hospital.
De acordo com a BBC Brasil, políticos e assessores da Rede avaliam que existe uma "hipótese robusta" de que Marina seja candidata à presidência em 2018 em chapa com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
Confira abaixo o texto completo publicado na página oficial de Marina Silva no Facebook: