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Requião quer lançar "candidatura alternativa" no Senado

Peemeedebista procurou a bancada petista para tentar viabilizar sua candidatura à presidência do Senado

Requião: PT decidiu não apoiar Eunício Oliveira, e agora senador paranaense quer apoio (José Cruz/Agência Senado/Agência Senado)

Requião: PT decidiu não apoiar Eunício Oliveira, e agora senador paranaense quer apoio (José Cruz/Agência Senado/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 08h15.

Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 08h15.

Brasília - Às vésperas da eleição para a Mesa Diretora, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) procurou integrantes da bancada petista para tentar viabilizar uma candidatura à presidência do Senado.

As sondagens do peemedebista ocorrem no momento em que os senadores do PT decidiram não apoiar para o cargo o atual líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), favorito ao posto. A eleição no Senado está marcada para esta quarta-feira, dia 1º.

Eunício, tratado como o candidato principal do PMDB e com apoio da cúpula do partido, ainda não confirmou sua candidatura.

Requião, por sua vez, articula uma candidatura alternativa ao da cúpula da legenda, que, por ter a maior bancada, tem o direito de lançar o nome para a sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL).

O senador pelo Paraná tem defendido a divulgação do conteúdo das delações dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht antes da eleição das Mesas da Câmara e do Senado. Para Requião, seria um "constrangimento" eleger alguém que futuramente fosse questionado.

A divulgação das delações, se ocorresse, poderia beneficiá-lo, uma vez que Eunício poderia ser enredado na colaboração da Odebrecht - embora citado, não é alvo de inquérito formal no Supremo Tribunal Federal.

O atual líder do PMDB, entretanto, disse que não tem "nenhuma preocupação" com o conteúdo das delações. "Ninguém pode impedir que terceiros falem, criem, inventem e até mintam", disse à reportagem.

Senadores do PT - a terceira maior bancada da Casa - reuniram-se nos dois últimos dias para definir o caminho a seguir.

Após pressão da base do partido, a bancada rachou. Um grupo defende não apoiar a candidatura de Eunício, que foi a favor do impeachment da presidente da cassada Dilma Rousseff.

Outro é favorável a fechar com Eunício e garantir um assento na Mesa Diretora, provavelmente a Primeira-Secretaria, linha defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um terceiro grupo quer, caso Requião saia candidato, apoiá-lo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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